Novo vírus encontrado pela 1ª vez no iPhone lê imagens do celular; saiba como funciona
Chamado SparkCat, o malware escaneia imagens e capturas de tela para roubar dados sensíveis dos usuários
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Um novo vírus poderoso foi descoberto pela primeira vez no sistema iOS, utilizado nos iPhones, por pesquisadores da empresa russa Kaspersky, referência no setor de segurança digital. Chamado SparkCat, o malware foi identificado em aplicativos baixados diretamente na Apple Store e se destaca pela capacidade de escanear imagens e capturas de tela salvas na galeria dos dispositivos.
Segundo os especialistas, o malware tem como principal objetivo extrair dados e senhas de aplicativos financeiros, incluindo carteiras de criptomoedas. A infecção ocorre quando o usuário baixa um aplicativo aparentemente legítimo na Apple Store e concede permissão para acessar a galeria de fotos.
Especialistas alertam para que os usuários fiquem atentos a solicitações incomuns de acesso a imagens e evitem baixar aplicativos de desenvolvedores desconhecidos. Até o momento, a Apple não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
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📲 Como o SparkCat atua?
De acordo com os especialistas da Kaspersky, o SparkCat se instala nos dispositivos através de aplicativos variados, incluindo apps de conversa, delivery e assistentes de inteligência artificial. Uma vez instalado, o malware solicita permissão para acessar a galeria de fotos do usuário, o que pode parecer uma solicitação legítima.
A partir desse acesso, o vírus utiliza um módulo de reconhecimento óptico de caracteres (OCR) para identificar palavras-chave relevantes, como logins, senhas e outras informações sensíveis. Caso encontre dados de interesse, o malware os envia para os invasores.
📲 Como o vírus burlou a segurança da Apple?
A segurança da Apple Store sempre foi considerada um diferencial em relação a outras lojas de aplicativos. No entanto, o SparkCat conseguiu ultrapassar essas barreiras. Segundo Sergey Puzan, analista de malwares da Kaspersky, ainda não está claro como o vírus conseguiu acesso à App Store e à Google Play, mas os especialistas identificaram que alguns aplicativos infectados parecem "legítimos", enquanto outros foram "criados como iscas" para atrair vítimas.
Outro fator que torna o SparkCat perigoso é a sua capacidade de operar sem levantar suspeitas. O malware não apresenta sinais óbvios de infecção, o que dificulta sua detecção tanto por moderadores das lojas virtuais quanto pelos próprios usuários.
📲 Quem são os principais alvos?
Pesquisas iniciais da Kaspersky indicam que os principais alvos do SparkCat estão localizados nos Emirados Árabes Unidos, na Europa e na Ásia. No entanto, especialistas alertam que o vírus pode estar presente em outros países.
O malware é capaz de buscar palavras-chave em diversos idiomas, incluindo português, chinês, japonesa, coreana, inglesa, tcheca, francesa, italiana e polonesa.
📲 Como se proteger?
Para evitar ser uma vítima do SparkCat, especialistas recomendam algumas práticas essenciais:
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Evitar armazenar fotos e capturas de tela com informações confidenciais na galeria do celular, especialmente senhas e frases de recuperação de criptomoedas;
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Utilizar softwares de segurança confiáveis que possam detectar e prevenir infecções por malware;
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Remover imediatamente qualquer aplicativo suspeito que tenha sido instalado recentemente.
Até o momento, estima-se que cerca de 250 mil downloads de aplicativos infectados tenham ocorrido no Google Play, mas o número exato de casos na Apple Store ainda não foi divulgado.
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