Novo 'botox' com mais duração no corpo pode chegar ao Brasil em 2023
Esse novo tipo de toxina botulínica promete durar duas vezes mais
Famosa por alisar linhas de expressão, a toxina botulínica, conhecida popularmente como 'botox', ganhou uma concorrente que promete ser duas vezes mais duradoura no corpo humano: a daxibotulinumtoxinA-lanm (Daxxify). Enquanto o 'botox' age entre três e quatro meses, o Daxxify está previsto para ser reaplicado após cerca de sete meses dos primeiros procedimentos.
"Assim como o Botox, o Daxxify também é uma toxina injetável do tipo A que causa a paralisação (relaxamento) da musculatura na região em que é aplicada", explica o dermatologista Alessandro Alarcão, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Além disso, o também especialista na área, Thiago Cunha, conta que essa maior duração só é possível devido aos novos componentes químicos. "A nova toxina botulínica também é derivada de uma bactéria. Então, o mecanismo de ação é o mesmo, não se trata de uma nova molécula, mas de um novo arranjo químico que promete maior duração", conta.
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Essa descoberta foi publicada em um estudo divulgado no "Jornal Americano de Dermatologia" pelo Revance Therapeutics, fabricante do novo tratamento, após aprovação da substância pelo FDA. "Este novo procedimento poderá ser utilizado em diferentes áreas para frisar o tecido e dar o tônus que o paciente procura, suavizando as marcas de expressão associadas ao envelhecimento", explica a dermatologista Valéria Campos, especialista pela Harvard Medical School.
Porém, assim como pode acontecer com outras toxinas botulínicas, nesta também tem efeitos colaterais: em torno de 6% dos pacientes apresentam cefaleia (dor de cabeça), e 2% tiveram ptose de pálpebra (queda da pálpebra). Além disso, neste procedimento, a aplicação será por região e não por picadas.
"Ela pode ajudar no manejo de outras doenças como hiperidrose (transpiração excessiva), rosácea, enxaqueca, cicatrizes e até depressão, assim como o seu principal concorrente. Mas ainda é necessária a validação da Anvisa para essa novidade chegar por aqui", finaliza Valéria. Com informações do portal UOL.
(Estagiária Karoline Caldeira, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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