Nobel da Paz premia ativista e organizações que atuam na Rússia, Ucrânia e Belarus
Para o Comitê do Nobel, ações dos premiados contribuíram para a garantia dos Direitos Humanos, da democracia e da co-existência pacífica nos três países vizinhos
Três “campeões dos Direitos Humanos, da democracia e da co-existência pacífica nos países vizinhos Belarus, Rússia e Ucrânia”, levaram o Prêmio Nobel da Paz, conforme anúncio feito pelo Comitê do Nobel, nesta sexta-feira (7). “Eles honram a visão de Alfred Nobel sobre paz e convivência, uma visão tão necessária no mundo hoje", completou o Comitê. Os vencedores - o ativista de Belarus Ales Bialiatski, que está preso em seu país, a organização internacional russa pelos Direitos Humanos Memorial e a organização ucraniana Centro para as Liberdades Civis - vão dividir valor de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,7 milhões).
Fundador do centro para os Direitos Humanos Viasna (que significa primavera), Bialiatski é um dos principais nomes da oposição ao atual presidente da Belarus, Aleksandr Lukashenko, aliado de Vladimir Putin, presidente da Rússia, e frequentemente acusado de perseguir e prender opositores e de violar direitos humanos no país. O ganhador do Nobel deste ano se dedica a promover a democracia e o desenvolvimento pacífico na Bielorrússia e foi também um dos fundadores do movimento democrático que surgiu no país em meados da década de 1980. Os organizadores do Prêmio pediram que as autoridades do país soltem o ativista.
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Segundo a porta-voz da oposição de Belarus, Bialiatski está preso "em condições desumanas". "(O prêmio) não é apenas para ele (Bialiatski), mas para todos os prisioneiros políticos que temos atualmente em Belarus", declarou Pavel Latushko, líder da oposição.
Já o Centro para as Liberdades Civis da Ucrânia declarou estar "orgulhoso" de ser um dos laureados do Nobel da Paz deste ano. O escritório da Alemanha da organização russa Memorial também falou sobre a premiação, que chamou de "um reconhecimento do nosso trabalho com os Direitos Humanos e especialmente dos nossos colegas na Rússia, que sofreram e sofrem ataques e repressões inomináveis".
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