Netanyahu diz que acordo com o Hamas para libertação de reféns e cessar-fogo está mais próximo
Autoridades israelenses alegam que o Hamas capturou cerca de 240 pessoas durante o ataque ao país em 7 de outubro passado
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou na sexta-feira, 17, que as negociações com o grupo terrorista Hamas estão avançando, indicando a iminência de um acordo para a libertação de reféns e a possível instauração de um cessar-fogo. Durante uma entrevista à emissora CBS, Netanyahu afirmou que a ação terrestre recente pressionou o Hamas a considerar a opção do cessar-fogo.
"Estamos mais próximos [do acordo] do que estávamos antes do início da operação terrestre. A pressão exercida pelo avanço terrestre levou o Hamas a considerar um cessar-fogo. Se conseguirmos a libertação de nossos reféns, haverá um cessar-fogo. No entanto, não posso entrar em detalhes neste momento", destacou Netanyahu.
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As autoridades israelenses alegam que o Hamas capturou cerca de 240 pessoas durante o ataque ao país em 7 de outubro passado. Até o momento, apenas quatro foram libertadas, incluindo dois americanos. As negociações para a libertação estão sendo mediadas pelo Catar, que abriga os escritórios do braço político do Hamas, uma vez que Israel não mantém diálogo direto com o grupo.
Questionado sobre a possibilidade de envolver a troca de prisioneiros palestinos pelos reféns, Netanyahu preferiu manter silêncio, alegando que os detalhes da negociação são confidenciais.
O primeiro-ministro enfatizou que as operações de Israel na Faixa de Gaza têm como objetivo causar "o mínimo de vítimas civis" e reiterou que não há intenção de ocupar o território. "Buscamos uma responsabilidade militar abrangente para evitar o ressurgimento do terror. Não estamos buscando ocupação. Esse não é nosso objetivo. Queremos assegurar que o que acontece lá seja diferente. Para isso, é crucial desmilitarizar Gaza e combater a radicalização na região."
Netanyahu acredita que o fim do grupo terrorista abriria um "futuro real" para os palestinos. Quanto à solução de dois Estados, o premiê não respondeu diretamente, limitando-se a dizer: "Eu afirmo que os palestinos devem ter todos os poderes para se autogovernar, mas nenhum poder que represente uma ameaça a Israel."
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