Na Onu, Brasil pede retirada das tropas da fronteira entre Rússia e Ucrânia: ‘situação crítica'

O embaixador Ronaldo Costa Filho afirmou que o Brasil companha os últimos acontecimentos 'com extrema preocupação'

O Liberal
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O representante permanente do Brasil no do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, embaixador Ronaldo Costa Filho, pediu para que países envolvidos na crise entre Ucrânia e Rússia evitem uma escalada de violência e que estabeleçam, o mais rápido possível, canais de diálogo capazes de encaminhar a situação de forma pacífica. As declarações foram dadas durante debate realizado nesta segunda-feira (21).

Ronaldo Costa Filho começou seu pronunciamento afirmando que a situação “tornou-se crítica”, e que Brasil acompanha os últimos acontecimentos “com extrema preocupação”. Para ele, o Conselho precisa reiterar os apelos à imediata desescalada e apoiar os esforços políticos e diplomáticos que levem a uma solução pacífica para a crise.

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“Nosso pilar e nossos princípios não produzirão resultados a menos que as preocupações legítimas de todas as partes sejam levadas em consideração, e a menos que haja pleno respeito pela Carta e pelos compromissos existentes, como os Acordos de Minsk”, declarou o embaixador, referindo-se aos acordos assinados em 2014 para tentar pôr fim à guerra no Leste ucraniano, travada entre os separatistas e o Exército do país.

O representante do Brasil na ONU defendeu o diálogo entre as partes, com “espírito de abertura, compreensão, flexibilidade e senso de urgência para encontrar caminhos para uma paz duradoura na Ucrânia e em toda a região”.

Cessar-fogo imediato

Nesse sentido, ele afirma que o primeiro objetivo deve ser o cessar-fogo imediato, com a retirada abrangente de tropas e equipamentos militares no terreno.

“Tal desengajamento militar será um passo importante para construir confiança entre as partes, fortalecer a diplomacia e buscar uma solução sustentável para a crise. Acreditamos firmemente que este Conselho deve cumprir sua responsabilidade central de ajudar as partes a se engajarem em um diálogo significativo e eficaz para alcançar uma solução que aborde efetivamente as preocupações de segurança na região. Não nos enganemos: no final das contas, estamos falando sobre a vida de homens, mulheres e crianças inocentes no terreno”, completou.

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