Ministro da Economia argentino deixa cargo em meio a crise no governo
Martín Guzmán estava com viagem marcada para Europa, onde negociaria uma dívida de 2 bilhões de dólares.
Após quase 3 anos ocupando o cargo de ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, renunciou neste sábado (03). Ele foi arquiteto de um importante acordo de dívida recente com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Guzmán deixa a função no momento em que surgem profundas divisões na coalizão governista sobre como lidar com as crescentes crises econômicas.
Desde 2019, como ministro da Economia da Argentina, ele é aliado próximo do Presidente Alberto Fernández. A decisão foi comunicada com uma carta no Twitter. Guzmán diz que mantém "confiança em minha visão do caminho que a Argentina deve seguir".
O presidente peronista de centro-esquerda enfrenta o mais baixo índice de aprovação desde que tomou posse em 2019, com fissuras em sua coalizão, inflação acima de 60%, o peso sob crescente pressão e os títulos soberanos em mínimas históricas.
Guzmán foi o moderador dos conflitos com a poderosa vice-presidente Cristina Kirchner, ex-presidente por dois mandatos, que criticou sua maneira de lidar com a economia e pediu maiores gastos para aliviar os altos níveis de pobreza.
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A demissão dele, deixa o ministério sem liderança. Guzmán estava com uma viagem marcada para à Europa, onde iria negociar um acordo de dívida de 2 bilhões de dólares com o Clube de Paris de credores soberanos.
"É a crônica de uma morte anunciada", disse Mariel Fornoni, diretor da consultoria Management and Fit.
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