Mickey, Minnie, Pateta e outros personagens da Disneylândia querem um sindicato
Segundo a Actor’s Equity Association, 60% dos 1.700 funcionários da Disneylândia nos departamentos de personagens e desfiles buscam uma eleição de representação sindical
Em busca de melhores salários, funcionários da Disneylândia, na Califórnia, que atuam como vários personagens da Disney, como Mickey, Minnie, Pateta ou Donald, querem um sindicato que os represente. Artistas que fazem o mesmo trabalho na Disney World em Orlando, Flórida, nos EUA, já estão sindicalizados há anos e, até recentemente, recebiam mais do que os da Disneylândia, de acordo com a Actor’s Equity Association, que representa desde atores da Broadway até strippers de Los Angeles.
É na Actor’s Equity Association que agora os personagens da Disneylândia tentam ingressar, segundo uma reportagem da CNN. De acordo com o sindicato, cerca de 60% dos 1.700 funcionários da Disneylândia nos departamentos de personagens e desfiles buscam uma eleição de representação sindical.
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Artistas da Disney World recebem um salário mínimo por hora que varia de US$ 21,30 a US$ 23, após contrato sindical firmado entre uma coalizão de sindicatos e a administração do parque no ano passado, segundo o sindicato.Já os da Disneylândia recebiam US$ 20 por hora até que a campanha de organização sindical começou no final do ano passado e o valor subiu para US$ 24,15 por hora.
Porém, em Orange County, Califórnia, onde está localizada a Disneylândia, o custo de vida é cerca de 50% maior do que em Orlando, conforme dados do Conselho de Pesquisa Comunitária e Econômica, principalmente pelos custos de habitação, que são duas vezes mais caros.
“Todos reconhecem que a Disneylândia é um lugar especial”, acrescentou ela. “Mas a magia por si só não paga o aluguel", declarou Kate Shindle, presidente da Actor’s Equity, à CNN.
A Disneylândia tem mais de 21 mil funcionários, chamados de membros do elenco pela empresa, representados por mais de uma dezena de sindicatos. Esses empregos sindicalizados incluem tudo, desde trabalhadores do varejo e de serviços de alimentação até guardas de segurança, cabeleireiros, maquiadores e trabalhadores pirotécnicos. Porém, não abrangem os performers que se fantasiam de personagens e interagem com os visitantes.
Sobre o assunto, a Disney informou em um comunicado: “Acreditamos que os membros do nosso elenco merecem o direito de ter um voto confidencial que reconheça suas escolhas individuais”.
A companhia enfrenta dificuldades com perdas contínuas no seu serviço de streaming, demissões e outros esforços de redução de custos, questões sobre o futuro das suas diversas propriedades de mídia e o investidor ativista Nelson Peltz tentando ganhar dois assentos no conselho da Disney. Por outro lado, sua unidade doméstica de parques gerou receita de US$ 6,3 bilhões nos últimos três meses de 2023, um aumento de 4% em relação ao ano anterior, e lucro operacional de US$ 2,1 bilhões, p que representa queda de 2% em relação ao ano anterior.
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