Menina de 12 anos dá à luz gêmeos após ser estuprada; médicos recusaram aborto legal
Oficiais foram acusados de 'ganhar tempo' para garantir que a única opção fosse a vítima passar pelo parto
Uma menina de 12 anos foi forçada a se submeter a uma cirurgia para dar à luz a gêmeos, frutos de um estupro. A cesárea foi realizada no Hospital Infantil Dr. Hector Quintana, localizado na cidade de San Salvador, na Argentina.
A menina foi forçada a esperar até que os fetos gêmeos atingissem um certo nível de maturidade, antes que a operação fosse realizada, em 29 de novembro. A operação deixará uma cicatriz permanente em seu corpo.
Desde o parto, a garota está sob os cuidados da Ouvidoria da Criança devido à “situação jurídica” de seus pais, de acordo com a nota da Rede de Profissionais de Saúde pelo Direito de Decidir. O comunicado condenou a operação cesárea na menina, dizendo que ela tinha o direito à interrupção legal da gravidez, devido à sua idade.
Embora, como no Brasil, o aborto seja ilegal na Argentina, existe uma lei que permite a interrupção legal da gravidez em casos de estupro ou quando a vida de uma mulher está em perigo.
A crítica veio porque os funcionários oficiais foram acusados de “ganhar tempo” para garantir que a única opção fosse a vítima passar pelo parto. Não está claro quais razões as autoridades deram para atrasar o caso.
Além disso, existe um protocolo apoiado pelo UNICEF que permite que adolescentes com menos de 15 anos tenham acesso a um aborto legal devido aos riscos à saúde envolvidos na gravidez de menores.
A Direção Nacional de Saúde Sexual contatou as autoridades locais e se ofereceu para fornecer ajuda para a menina imediatamente, mas foi recebida com uma série de atrasos, de acordo com o comunicado.
Não houve mais relatos sobre a condição dos gêmeos ou sobre o caso de estupro denunciado pela menina de 12 anos.
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