Marina Silva e Javier Milei estão na lista das 100 pessoas mais influentes da revista Time
Ministra do Meio Ambiente é descrita como uma 'mulher notável', com uma 'coragem enraizada e tenacidade inabalável'
Em ranking divulgado pela revista norte-americana Time, nesta quarta-feira (17), Marina Silva, ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Javier Milei, presidente da Argentina, Yulia Navalnaya, advogada e viúva do ativista russo Alexei Navalny, entraram para a lista de 100 pessoas mais influentes de 2024.
Os três aparecem na categoria “líderes” e dividem a lista com outras autoridades internacionais, como a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, o governador do Estado do Texas, Greg Abbott, e o primeiro-ministro da China, Li Qiang.
O perfil de Marina Silva foi escrito por Christiana Figueres, diplomata costa-riquenha e ex-secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que descreve a ministra como uma “mulher notável”, com uma “coragem enraizada e tenacidade inabalável”.
Figueres afirma no texto que Silva está “reconstruindo a capacidade do Brasil de deter o desmatamento ilegal desenfreado na Amazônia”.
Também diz que a ministra está “corajosamente promovendo uma transição doméstica de uma energia centralizada de combustíveis fósseis para energia renovável gerada localmente”.
VEJA MAIS
O perfil de Javier Milei foi escrito pela correspondente sênior da Time em Washington D.C., Vera Bergengruen. A jornalista descreve o presidente da Argentina como “um professor de economia libertário radical e ex-comentarista de TV com pouca experiência governamental”.
Também afirmou que a “vitória esmagadora” de Milei nas eleições argentinas “chocou” os pesquisadores de opinião e “expôs a desesperança de 46 milhões de argentinos prejudicados pela inflação de 3 dígitos e uma taxa de pobreza de 40%”.
Bergengruen pondera ainda que o líder argentino “embarcou em uma campanha de 'terapia de choque' com centenas de medidas de austeridade” para tentar solucionar os problemas econômicas do país.
O jornalista enfatizou no texto que, “embora seja cedo demais para dizer se as medidas do novo presidente terão sucesso, está claro que ele estava certo sobre uma coisa: com Milei no cargo, não haverá retorno para a Argentina”.
Também estão na mesma categoria a ativista iraniana e ganhadora do Nobel da Paz em 2023, Narges Mohammadi, e a jornalista Elizabeth Jean Carroll, que ganhou um processo de difamação e abuso sexual contra o ex-presidente dos EUA Donald Trump.
Kamala Harri fala sobre Yulia Navalnaya
Já o perfil de Yulia Navalnaya nessa edição da revista foi escrito pela vice-presidente dos EUA, Kamala Harris. No texto, a democrata citou o discurso da advogada na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, em 16 de fevereiro –mesmo dia em que foi anunciada a morte de seu marido e principal opositor de Vladimir Putin.
Harris afirmou que a advogada “emergiu não apenas como um símbolo dos valores democráticos, mas também como uma corajosa lutadora por eles”.
O texto ainda ressalta que a decisão de Navalnaya de continuar “a luta de seu marido pela justiça e pelo Estado de direito” em busca de uma Rússia “livre e democrática” significa que “ela demonstra altruísmo e força excepcionais”.
(*Suellen Santos, estagiária sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador de Política e Economia)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA