Macron quer que França faça parte de bloco de países da Amazônia
Presidente francês defendeu que seu país passe a integrar a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), por causa da Guiana Francesa
O presidente Emmanuel Macron defende que a França passe a integrar a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), organização intergovernamental, formada por oito países da região: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, República da Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. ‘Declaro solenemente que a França é candidata a participar da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica e a desempenhar um papel pleno nela, com uma representação associando estreitamente a Guiana Francesa’’, disse Macron nesta segunda-feira (28), em Paris, durante um discurso aos embaixadores franceses.
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Para ele, a França poderia aderir à organização por causa da Guiana Francesa ter território amazônico. ‘Isso (adesão à OTCA) é muito importante, e devemos desempenhar nosso papel diplomático por meio de nossos territórios ultramarinos. Portanto, eu realmente espero que o Brasil e todas as outras potências da região aceitem nossa candidatura e nos permitam participar desse formato’, continuou.
Em janeiro deste ano, o presidente Lula chegou a convidar Macron para participar da Cúpula da Amazônia, realizada em agosto, em Belém, e que reuniu líderes dos países da OCTA. Porém, o presidente francês não compareceu.
No seu discurso desta segunda-feira, Macron declarou que gostaria de ter comparecido à Cúpula ‘para ser o único chefe de Estado europeu, ao lado de embaixadores europeus, para explicar como financiamos a Amazônia’.
Adesão à OTCA
Em princípio, a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica não é aberta a adesões, por entender que seus oito membros já cobrem o território da floresta. Com as declarações de Macron, o assunto pode fazer parte da agenda da reunião de chanceleres dos países membros, marcada para novembro em Brasília. Um convite para a França ser observadora na OCTA chegou a ser apresentado no ano passado, mas alguns países se opuseram à iniciativa.
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