Julgamento de Donald Trump por documentos sigilosos é marcado para maio de 2024
Promotoria havia solicitado que o julgamento começasse em dezembro
A juíza americana Aileen Cannon ordenou, nesta sexta-feira (21) que o julgamento do ex-presidente Donald Trump por má gestão de documentos sigilosos comece em maio de 2024. Trump é o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a enfrentar acusações criminais. A Promotoria havia solicitado que o julgamento começasse em dezembro deste ano, enquanto os advogados de Trump queriam que fosse adiado até depois das eleições de novembro de 2024, período em que o magnata espera concorrer novamente à presidência.
A decisão da juíza foi motivada pela necessidade de ambas as partes terem tempo suficiente para processar as mais de 1,1 milhão de páginas de provas documentais do caso. O julgamento acontecerá em um tribunal de Fort Pierce, localizado cerca de 200 quilômetros ao norte de Miami, uma região onde Trump obteve uma clara maioria de votos nas eleições presidenciais de 2016 e 2020. O ex-presidente, que tem 77 anos, é o favorito para a nomeação presidencial republicana e o julgamento terá início próximo ao final da campanha das primárias para a escolha do candidato do partido.
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Ex-presidente declarou-se não culpado de dezenas de acusações
O processo não impedirá Trump de fazer campanha, mas como acusado criminal, ele deverá estar presente durante o processo, que pode se estender por semanas ou meses. No mês passado, o ex-presidente declarou-se não culpado de dezenas de acusações penais relacionadas à suposta má gestão de documentos sigilosos que ele levou ao deixar a Casa Branca em janeiro de 2021. A Promotoria o acusa de 37 acusações por sua negativa em devolver esses arquivos confidenciais pedidos pela Justiça.
Segundo a acusação do promotor especial Jack Smith, Trump levou centenas de documentos sigilosos em caixas de papelão para sua casa de Mar-a-Lago, na Flórida. Os arquivos foram mantidos sem segurança em sua residência, que frequentemente é palco de grandes eventos sociais. A Promotoria afirma que os documentos foram escondidos em vários lugares da casa, incluindo um salão de festas, um banheiro, o quarto de Trump e uma despensa. As acusações incluem crimes de "retenção intencional de informação de defesa nacional" relacionados a documentos específicos, cada um podendo acarretar em até dez anos de prisão, além de outras denúncias que podem levar a penas de até 20 anos de prisão.
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