Jornalista que protestou ao vivo em telejornal russo paga multa e é liberada

Marina Ovsyannikova recebeu apoio dos presidentes ucraniano e francês

O Liberal
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Um tribunal de Moscou multou em cerca de R$ 1,5 mil e libertou a jornalista russa Marina Ovsyannikova nesta terça-feira (15), informou a própria instituição. A editora de notícias do canal estatal russo Channel One foi presa depois de protestar ao vivo contra a guerra na Ucrânia. As informações são do UOL.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu à jornalista, e o presidente da França, Emmanuel Macron, ofereceu proteção consular a ela.

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"Sou grato por esses russos que não param de tentar mostrar a verdade, e pessoalmente à mulher que entrou no estúdio do Channel One com um pôster contra a guerra", disse o ucraniano em vídeo publicado nas redes sociais.

Ontem, ela invadiu o estúdio de um telejornal do Channel One e exibiu uma placa dizendo 'Pare a guerra. Não acredite em propaganda. Eles estão mentindo para você aqui'. Ela seria editora do canal, e foi presa por autoridades locais após a manifestação. A cena ocorreu durante o telejornal noturno do Pervy Kanal, chamado "Vremia" ("Tempo"), um programa diário visto por milhões de russos desde a era soviética. A aparição da jornalista realizando o protesto é um caso raro, em um país onde a informação é estritamente controlada.

O presidente da França, Emmanuel Macron, também saiu em defesa de Ovsyannikova, e propôs proteção diplomática para ela. Desde o ato, o paradeiro dela é desconhecido. "Obviamente, vamos lançar medidas diplomáticas para oferecer proteção na embaixada ou um asilo na França. Terei a oportunidade, durante minha próxima reunião com o presidente Putin, de propor esta solução de forma direta e muito concreta", disse Macron.

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A mulher poderia ser processada por "desacreditar o uso das forças armadas russas". Ovsyannikova pode pegar até 15 anos de prisão pela manifestação, de acordo com a recente lei russa que criminaliza o que Moscou chama de "informações falsas" sobre os militares do país. Para o Kremlin, o ato foi "hooliganismo". "No que diz respeito a essa mulher, isso é hooliganismo", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que elogiou o canal estatal como um pilar de notícias objetivas e oportunas.

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