Irã: ONU cobra investigação sobre morte de jovem de 22 anos presa por não usar véu

Horas depois de ter sido detida pela polícia, Mahsa Amini foi deixada em um hospital, onde ficou em coma por alguns dias

O Liberal
fonte

A morte de uma jovem de 22 anos que estava sob custódia da polícia iraniana tem provocado revolta em todo o país e protestos em várias cidades, inclusive na capital, Teerã. Mahsa Amini, de 22 anos, da província Curdistão, foi presa por não usar um hijab – peça feminina que cobre pescoço, cabelo e orelhas. Horas depois, ela foi deixada em um hospital, onde morreu após alguns dias em coma. As informações são da Agência Reuters e do portal Aventuras na História.

Nesta terça-feira (20), a comissária interina para os Direitos Humanos da ONU,Nada Al-Nashif, pediu investigação imparcial sobre a morte da mulher.

A polícia alega que Amini adoeceu enquanto esperava com outras mulheres detidas pela polícia da moralidade, que impõe regras rígidas na república islâmica exigindo que as mulheres cubram os cabelos e usem roupas folgadas em público.

VEJA MAIS

image Mulher morre com parada cardíaca minutos antes de ir à forca no Irã
Zahra foi torturada juntamente aos filhos e morreu depois de ver 16 execuções. A sentença foi cumprida mesmo após a morte da mulher.

image Irã nega envolvimento no ataque a Salman Rushdie e culpa escritor e seus apoiadores
Autor do livro "Os Versos Satânicos" foi esfaqueado por um homem na última sexta-feira (12/08)

image Lei do Talião: Justiça condena três pessoas a perder um olho no Irã
Os condenados tiveram o mesmo fim dos atos cometidos

Porém, a família refuta esses argumentos e afirma que a jovem não tinha problemas de saúde, acrescentando que ela sofreu contusões nas pernas.

“A trágica morte de Mahsa Amini e as alegações de tortura e maus-tratos precisam ser investigadas prontamente, imparcialmente e efetivamente por uma autoridade independente competente, que garanta, em particular, que sua família tenha acesso à justiça e à verdade”, disse a comissária interina da ONU Nada Al-Nashif. “As autoridades precisam parar de perseguir, assediar e deter mulheres que não cumprem as regras da hijab”, completou Nashif em comunicado.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Mundo
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM MUNDO

MAIS LIDAS EM MUNDO