Inglesa ignora sintomas de 'pioderma gangrenoso' e pele das pernas apodrece
Teresa Jones passou por momentos difíceis devido a condição que destrói tecidos do corpo e não tem causa aparente
A inglesa Teresa Jones, de 59 anos, teve uma doença rara de pele que transformou pequenas marcas em feridas profundas, necrosadas e doloridas. Em 2020, Teresa teve uma grave infecção urinária e foi internada para tratá-la, no local, ela descobriu uma pequena lesão inchada em sua perna. No começo, a inglesa atribuiu o caroço doloroso à picada de algum inseto desconhecido. Porém, aos poucos, as feridas foram progredindo sem que ela percebesse.
As lesões começaram a expelir pus e, um ano depois, surgiu uma segunda lesão na perna direita, que se agravou ainda mais rápido. Em janeiro de 2024, Teresa foi internada novamente, com parte da carne já necrosada. Nessa época, parte de sua pele chegou a cair e o osso ficou exposto.
A inglesa chegou a pedir que os médicos amputassem sua perna, mas eles acreditavam que conseguiriam deter a infecção ao compreendê-la melhor. Quando eles conseguiram remontar o início dos sintomas à infecção urinária, conseguiram chegar à hipótese de que se tratava de uma rara manifestação na pele do pioderma gangrenoso.
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Tratamento doloroso
A inglesa passou por trocas diárias de curativos sob forte sedação devido à dor durante a internação em janeiro de 2024. Enfermeiros continuam visitando sua casa a cada duas semanas para realizar os curativos. Até hoje, ela recebe infusões medicamentosas. Enquanto a perna esquerda mostra sinais de melhora, a direita permanece sem progressos significativos.
“Fiquei sentada em uma cadeira na sala por um ano, sem conseguir deitar na cama. Ainda há muito caminho até a cura, mas posso ficar de pé e consigo me deslocar lentamente dentro de casa. E, felizmente, ainda tenho as duas pernas”, relatou.
O pioderma gangrenoso é uma condição crônica e progressiva, caracterizada por úlceras dolorosas que crescem rapidamente e são formadas por uma reação exagerada das defesas do corpo ao próprio organismo.
Ele costuma estar relacionado a casos da doença de Crohn, artrite reumatoide ou câncer no sangue, além de poder ser desencadeado como consequência de infecções.
De acordo com o Manual MSD, as lesões começam com pequenas protuberâncias ou bolhas, podendo evoluir para feridas profundas. Os sintomas variam conforme o subtipo, mas incluem febre, mal-estar e úlceras de bordas violáceas (violetas). O tratamento exige abordagem multidisciplinar, focado em cuidados com as feridas e controle da resposta imunológica, que permite que o corpo deixe de atacar as feridas.