Índia precisa de tempo para restaurar ordem na Caxemira, diz juiz
Crianças brincam com armas de brinquedo perto de membros das forças de segurança da Índia, na Caxemira
As autoridades da Índia precisam de mais tempo para restaurar a ordem na Caxemira, disse um juiz da Suprema Corte nesta terça-feira (13), quando uma operação de repressão entrou em seu nono dia desde que Nova Délhi revogou o status especial da região, desencadeando protestos.
O tribunal está analisando a petição de um ativista que pede o fim dos limites impostos às comunicações e à movimentação, que transtornaram a vida cotidiana e os serviços essenciais da região dos Himalaias.
Linhas telefônicas, internet e redes de televisão estão inativos desde 5 de agosto, quando a Índia privou o Estado de Jammu e Caxemira do direito de formular suas próprias leis e permitiu que pessoas de fora comprem propriedades ali.
As restrições à movimentação e às reuniões, incluindo uma proibição a reuniões de mais de quatro pessoas, foram aplicadas com severidade em Srinagar, a principal cidade da região, nesta terça-feira.
Menaka Guruswamy, advogada do peticionário, disse que a corte deveria agir para restaurar os serviços hospitalares e reabrir as escolas.
"Isso é tudo que peço", disse ela à Suprema Corte em Nova Délhi.
O juiz Arun Mishra disse que o governo quer que a Caxemira volte à normalidade o mais cedo possível.
"A situação é tal que ninguém sabe o que está acontecendo. Deveríamos lhes dar tempo para restaurar a normalidade. Ninguém pode se arriscar 1%", disse Mishra.
O tribunal deve emitir sua decisão sobre a petição em alguns dias.
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