Homem que enviou foto de pênis para mulheres sem consentimento é condenado na Inglaterra
Nicholas Hawkes, de 39 anos, irá cumprir pena de 66 semanas por cyberflashing, ato de enviar fotografias e vídeos de órgãos genitais online a desconhecidos
Um homem britânico de 39 anos foi condenado pelo Tribunal de Soltemo Crown, no Reino Unido, a mais de um ano de prisão por ter enviado uma fotografia do pênis para uma mulher de 60 anos e uma menor de idade, sem o consentimento das mesmas. No país, o cyberflashing (ato de enviar fotografias e vídeos de órgãos genitais online a desconhecidos), passou a ser crime desde 31 de janeiro. Segundo publicação do jornal britânico ‘Dazed’, esta é a primeira condenação por cyberflashing desde quando a lei entrou em vigor.
Nicholas Hawkes, autor da imagem, já era reconhecido pelas autoridades por crimes de agressão sexual e havia sido condenado no passado por importunar uma jovem de 16 anos. Segundo o Tribunal, Hawke agora deve cumprir uma pena de 66 semanas pelo envio das imagens.
"O Crown Prosecution Service proferiu a primeira condenação por cyberflashing, mas não será a última. Apelo a qualquer pessoa que tenha sido vítima deste crime chocante, seja por meio de mensagens instantâneas, aplicações de encontros ou por qualquer outro meio, a fazer queixa, sabendo que tem direito ao anonimato”, informa o comunicado da Procuradora-Geral-Adjunta do Ministério para o Leste de Inglaterra, Hannah von Dadelszen.
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De acordo com informações do ‘Guardian’, Hawkes teria enviado as fotografias com o telemóvel do pai no dia 9 de fevereiro. Uma das vítimas recebeu a imagem via WhatsApp e a jovem, de 15 anos, através da plataforma de mensagens iMessage. As vítimas fizeram uma captura de tela da fotografia e a mais velha denunciou o agressor às autoridades no mesmo dia.
Nicholas começou a ser julgado no Tribunal do dia 12 de fevereiro e se declarou culpado das duas acusações. Além da pena de 66 semanas, o britânico está proibido de se aproximar das duas mulheres durante dez anos e de abordar outras que não conheça em espaços públicos durante 15 anos.
O advogado de acusação, David Bar, ainda afirmou que tais ações “fazem parte de um padrão estabelecido de comportamento do arguido”. Na condenação anterior, Nicholas Hawkes teria que comparecer a 12 consultas psiquiátricas, mas nunca chegou a ir a nenhuma devido à longa lista de espera.
(Beatriz Moura, estagiária sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Rayanne Bulhões)
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