Hamas pede aplicação do plano de trégua de Biden em Gaza no lugar de 'novas negociações'
Israel aceitou retomar as negociações indiretas sobre uma trégua e a libertação dos reféns retidos pelo Hamas em Gaza, em resposta a um apelo dos três países mediadores
O movimento islamista Hamas pediu, neste domingo (11/8), aos países mediadores que "apliquem" o plano proposto em maio pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para alcançar uma trégua com Israel em Gaza, "em vez de realizar novas negociações ou apresentar novas propostas".
Israel aceitou na quinta-feira, quando se completaram dez meses do início da guerra, retomar as negociações indiretas sobre uma trégua e a libertação dos reféns retidos pelo Hamas em Gaza, em resposta a um apelo dos três países mediadores - Estados Unidos, Egito e Catar.
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No comunicado, Hamas "pede aos mediadores que apresentem um roteiro para implementar o que foi proposto" em maio e que o movimento islamista "aceitou em 2 de julho de 2024".
Esse plano, continua o texto, é "baseado na visão de Biden e nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU".
O plano, que na época Biden atribuiu a Israel, consiste em três fases, com o objetivo de "um cessar-fogo duradouro e a libertação de todos os reféns".
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, diz que os mediadores devem "forçar o ocupante [israelense] a aplicar [esse plano], em vez de realizar mais negociações ou apresentar novas propostas que serviriam de cobertura para a agressão da 'ocupação'".
O movimento islamista cita o bombardeio israelense que matou, no último sábado, 93 palestinos, de acordo com a Defesa Civil de Gaza, entre eles mulheres e crianças, em uma escola que abrigava pessoas desalojadas, provocando uma onda de protestos internacionais.
O Exército israelense alegou que o local servia como base do Hamas e da Jihad Islâmica (outro movimento armado palestino) para "realizar ataques" contra seus soldados e disse que matou "pelo menos 19 terroristas" na operação.
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