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Hamas anuncia que libertará três reféns no sábado como parte do acordo com Israel

Eli Sharabi, Or Levy e Ohad Ben Ami foram sequestrados no ataque de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra

Agência France-Presse
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O Hamas divulgou, nesta sexta-feira (7), os nomes dos três reféns israelenses que pretende libertar no sábado em troca de 183 prisioneiros palestinos, dissipando a incerteza que pairava após os explosivos comentários do presidente americano, Donald Trump, a respeito de Gaza.

Israel confirmou que recebeu os nomes dos três reféns sequestrados no ataque de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.

O Fórum das Famílias de Reféns, principal associação de familiares dos retidos em Gaza, anunciou que os três libertados de sábado são Eli Sharabi, Or Levy e Ohad Ben Ami.

As negociações indiretas entre Hamas e Israel sobre a segunda fase do acordo começaram na terça-feira no Catar, um dos três mediadores do processo, ao lado de Estados Unidos e Egito, segundo um porta-voz do movimento palestino. A nova etapa deve resultar na libertação de todos os reféns e no fim definitivo da guerra em Gaza.

Durante a visita a Washington do chefe de Governo israelense, Donald Trump anunciou a proposta surpreendente de assumir o controle do território palestino e transferir a população de Gaza para países vizinhos, com o objetivo de possibilitar a reconstrução.

"A Faixa de Gaza será entregue aos Estados Unidos por Israel ao final da luta", afirmou Trump. Ele acrescentou que os palestinos serão "realocados em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas, na região", como no Egito ou Jordânia, escreveu em sua rede Truth Social.

Os dois países, no entanto, rejeitaram com veemência a proposta.

Trump afirmou nesta sexta-feira que não há "pressa" para avançar com a implementação de sua proposta.   

"Ameaças e medidas coercitivas"

Apesar de vago, o plano de Trump deixa em perigo a ideia de uma solução de dois Estados para solucionar o conflito palestino-israelense de décadas. A opção é defendida por grande parte da comunidade internacional, mas Israel se opõe.

Desde seu retorno à Casa Branca em 20 de janeiro, o republicano multiplicou os gestos de apoio a Israel. O mais recente aconteceu na quinta-feira, quando assinou uma ordem executiva que prevê sanções contra o Tribunal Penal Internacional (TPI) por empreender "ações ilegais" contra os Estados Unidos e Israel, cujo primeiro-ministro é alvo de um mandado de prisão.

A presidente do tribunal com sede em Haia, Tomoko Akane, condenou as sanções.

"Tais ameaças e medidas coercitivas constituem ataques graves contra os Estados Parte no Tribunal, a ordem internacional baseada no Estado de direito e milhões de vítimas", declarou Akane.

Apesar das críticas à proposta Trump em toda a comunidade internacional, Israel anunciou na quinta-feira que está preparando um plano para uma saída "voluntária" dos habitantes de Gaza.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou nesta sexta-feira que os oficiais do exército se abstenham de criticar a proposta de Trump sobre Gaza.

Katz exigiu uma repreensão a um alto comandante militar, após a imprensa noticiar que um general detalhou as dificuldades de implementar a ideia proposta pelo presidente dos Estados Unidos.

Retirar "55 milhões de toneladas de escombros"

O acordo entre Israel e Hamas, que entrou em vigor em 19 de janeiro, permitiu quatro operações de libertação que envolveram 18 reféns israelenses e quase 600 palestinos. A primeira etapa da trégua deve permitir a libertação de 33 reféns, incluindo pelo menos oito mortos, e 1.900 palestinos.

Dos 251 sequestrados no ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, 76 permanecem em cativeiro em Gaza, dos quais pelo menos 34 morreram, segundo o Exército de Israel.

O ataque do Hamas deixou 1.210 mortos do lado israelense, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

A ofensiva israelense deixou pelo menos 47.583 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo os dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

O número de mortos em Gaza ainda pode aumentar, já que o Hamas acusou Israel de bloquear a entrada de equipamentos pesados necessários para remover reféns mortos dos escombros.

"Impedir a entrada de equipamentos pesados e de maquinaria necessária para retirar 55 milhões de toneladas de escombros" afetará a capacidade de resgatar os reféns mortos, declarou à imprensa o porta-voz do escritório de imprensa do Hamas em Gaza, Salama Maruf.

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