Grupo Wagner: presença de mercenários na fronteira deixa Polônia em alerta

Primeiro-ministro polonês disse que mais de 100 soldados estão nas proximidades da região entre Polônia e Lituânia

O Liberal
fonte

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, informou no sábado (29) que mais de 100 soldados do Grupo Wagner se aproximaram da cidade de Grodno, em Belarus, próxima às fronteiras com a Polônia e a Lituânia. As informações são da Reuters.

O Grupo Wagner é uma empresa militar privada russa composta por combatentes mercenários que, sob ordens do governo russo, participaram de várias batalhas durante a invasão à Ucrânia.

VEJA MAIS

image Kremlin confirma que Putin se encontrou com líder do Grupo Wagner cinco dias após motim
Presidente da Rússia Vladimir Putin se reuniu com Ievguêni Prigojin, líder dos mercenários, e outros comandantes do movimento

image Polícia da Rússia realiza operação na casa do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin
De acordo com autoridades russas, durante a ação, foram encontradas caixas cheias de rublos (moeda local), maços de dólares, esconderijo de armas e até uma coleção de perucas

image O que é Grupo Wagner: veja os mercenários ligados à Rússia que se rebelaram contra o país
Putin foi informado pelo pelo procurador-geral da Rússia sobre os procedimentos jurídicos contra Yevgeny Prigozhin

Morawiecki acusou Belarus, um país aliado da Rússia, de enviar migrantes para a fronteira na tentativa de sobrecarregar os oficiais poloneses e alertou que os combatentes podem estar disfarçados.

"A situação está ficando cada vez mais perigosa. Provavelmente eles (os soldados do Wagner) estarão disfarçados de guardas de fronteira de Belarus e ajudarão imigrantes ilegais a entrarem no território polonês (e) desestabilizar a Polônia", disse Morawiecki, em entrevista coletiva em Gliwice, no oeste do país.

Essa área de fronteira, conhecida como corredor de Suwalki, tem cerca de 100 km de extensão e conecta Belarus à região russa de Kaliningrado. A presença do Grupo Wagner nessa região pode aumentar as tensões com países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar que inclui, além da Polônia e Lituânia, países como Estados Unidos, Reino Unido e França.

Os combatentes do Grupo Wagner chegaram a Belarus há duas semanas, após terem participado de um motim contra o presidente russo, Vladimir Putin. Foram convidados pelo presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que buscava aplacar o levante contra Putin. Lukashenko também pediu para o Grupo Wagner ajudar a treinar militares de Belarus próximo à fronteira com a Polônia.

A Polônia, antigo membro do Pacto de Varsóvia e que se tornou membro completo da Otan em 1999, está preocupada com a possibilidade de que o conflito entre Rússia e Ucrânia se alastre para o seu território. Como medida preventiva, no início deste mês, a Polônia começou a mobilizar mais de mil tropas para a região leste do país, com receio de que a presença de soldados do Grupo Wagner em Belarus possa levar a tensões mais graves na fronteira.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Mundo
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM MUNDO

MAIS LIDAS EM MUNDO