Governo brasileiro manifesta preocupação com operação militar terrestre de Israel em Rafah
Ministério das Relações Exteriores alertou para o risco de "graves consequências, além de novas vítimas civis"
O governo do Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, publicou uma nota em que manifesta "grande preocupação" com o anúncio de uma nova operação militar terrestre na cidade de Rafah, em Gaza, na fronteira com o Egito. Em nota, o Itamaraty afirma que, se concretizada, tal operação "terá como graves consequências, além de novas vítimas civis, um novo movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, como vem ocorrendo desde o início do conflito".
VEJA MAIS
No texto, o governo brasileiro observa ainda que cerca de 80% dos habitantes de Gaza deixaram suas casas, segundo estimativas, e a maioria deles foi para Rafah, indicada inicialmente como área segura pelas próprias autoridades de Israel.
Veja a nota divulgada pelo Itamaraty
Riscos de nova ofensiva terrestre em Rafah
O governo brasileiro recebe, com grande preocupação, o recente anúncio, por parte de autoridades israelenses, de preparação de nova operação militar terrestre em Gaza, desta vez no Sul, na região de Rafah, na fronteira com o Egito. Tal operação, se levada a cabo, terá como graves consequências, além de novas vítimas civis, um novo movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, como vem ocorrendo desde o início do conflito.
O início dos deslocamentos forçados, primeiramente do Norte para o Sul de Gaza, a partir de 8 de outubro, é elemento indissociável da dramática crise humanitária vivida há quatro meses pela população de Gaza, e mereceu a condenação do Brasil e de boa parte dos países, à luz do direito internacional e do direito internacional humanitário. Estima-se que 80% dos habitantes de Gaza tenham sido obrigados a deixar suas casas, e a maioria deles na direção de Rafah, indicada inicialmente como área segura pelas autoridades israelenses.
O governo brasileiro reitera sua conclamação em favor da cessação das hostilidades e da libertação dos reféns em poder do Hamas como passos para a superação da crise humanitária em Gaza. E reafirma seu compromisso com uma solução de dois Estados, com um Estado da Palestina viável, convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental como sua capital.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA