Gana registra duas mortes por vírus 'tão letal quanto o ebola'

Duas mortes foram confirmadas decorrentes do vírus de Marburg, tão letal quanto o ebola, em Gana, na África Ocidental, no último domingo (17).

Em 8 de julho, foi realizado um teste a partir das amostras de sangue dos pacientes, em um laboratório no Senegal, que confirmou a existência do vírus nas vítimas.

A primeira morte registrada foi de um homem de 26 anos, internado em 26 de junho deste ano e morreu no dia seguinte. O segundo, um homem de 51 anos que deu entrada no hospital dia 28 de junho e morreu no mesmo dia. As informações são do G1 e do Estado de Minas.

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As autoridades do país informam que 98 pessoas estão sob supervisão, em quarentena, por suspeita de contato com os infectados.

As taxas de mortalidade variam de 24% a 88% em surtos anteriores. Há vacinas sendo testadas mas ainda não existe um tratamento específico para o Marburg, entretanto, médicos aconselham que beber muita água melhora as chances de sobrevivência de um paciente.

O vírus é transmitido por morcegos e se espalha entre humanos por fluidos corporais. Se trata de uma doença grave e, por muitas vezes, fatal.

Os sintomas, vistos no último surto em 2005, matando mais de 200 pessoas, são dores de cabeça, febre, dores musculares, vômitos de sangue e sangramento.

As autoridades estão alertando as pessoas para se manterem longe de cavernas onde houver morcegos e cozinharem bem todos os produtos feitos à base de carne antes de consumi-los.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está dando suporte ao Ministério da Saúde de Gana na região de Ashanti. Uma equipe de especialistas será enviada nos próximos dias para trabalhar na coordenação, avaliação de risco e medidas de prevenção de infecções.

Na África, surtos anteriores e casos esporádicos foram notificados em Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda. O primeiro surto do vírus foi detectado na cidade de Marburg, na Alemanha, em 1967. Das 32 pessoas infectadas nas antigas Alemanha Ocidental e Iugoslávia, sete morreram.

segundo a OMS, o surto de 2005, em Angola, foi o mais mortal já registrado, matando mais de 200 pessoas.

(Carolina Mota, estagiária sob supervisão da coordenadora do núcleo de política, Keila Ferreira)