Família de brasileiro desaparecido na Suíça diz já ter procurado por ele até em necrotérios
A última vez que familiares se comunicaram com Márcio foi há 13 dias
A família do brasileiro Márcio Rodrigues da Silva, que desapareceu há 13 dias na Suíça, informou que já fez buscas em diferentes órgãos de Zurique, no intuito de encontrar alguma informação sobre o seu paradeiro. O empresário de 44 anos viajou ao país europeu para entregar documentos referentes a um investimento virtual. A polícia local afirmou que deu início a uma investigação para apurar os detalhes do caso.
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"Já foram consultados todos os órgãos possíveis: a aduana, a alfândega, a polícia. O necrotério também foi procurado. Ele não apareceu no hospital, e isso é um sinal bom", citou Carlos Cera, cunhado de Márcio.
Ele contou, ainda, que a família tem recebido apoio de inúmeras pessoas. “Tem muita gente ajudando e procurando pistas, indo atrás. Acredito que em breve vamos ter respostas”, concluiu.
Entenda o caso
Pouco antes de desaparecer, o brasileiro enviou uma mensagem de voz para a mulher, Ana Lúcia Cera. Ele viajou para a Suíça no dia 7 de novembro, e chegou lá no dia 8. De acordo com informações divulgadas pela TV Tem, Márcio chegou a mandar algumas fotos e vídeos do aeroporto da capital do país para a esposa.
Durante entrevista à TV, Ana Lúcia contou que o marido trabalha no ramo de produtos terapêuticos, e que os tais documentos deveriam ser entregues pessoalmente a um grupo de pessoas que pertenceria a uma suposta empresa de investimentos.
Porém, após encontrar com essas pessoas, ele disse à esposa, por meio de uma mensagem de áudio, que estava suspeitando de ter sido vítima de um golpe. “Seja o que Deus quiser, tá bom? Eu acho que nós caímos em uma cilada, tá bom? Muito grande. Eu vou torcer para que Deus me mantenha vivo. Eu vou falar uma coisa, amor, de coração: se acontecer alguma coisa comigo, saiba que te amo muito”, diz o conteúdo do áudio enviado à Ana Lúcia e divulgado pela TV Tem.
A mensagem foi o último contato da família com o brasileiro, que depois disso não respondeu mais às mensagens. Ana Lúcia conta ter registrado ocorrência, e está em contato com a Interpol.
(*Kamila Murakami, estagiária de jornalismo, sob a supervisão de Hamilton Braga, coordenador do núcleo de Política)
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