Facebook lê mensagens do WhatsApp, diz investigação feita pela ProPublica
Facebook nega a investigação e relata que só tem acesso a mensagens denunciadas para identificar abusadores
Segundo uma investigação feita pela ProPublica, uma corporação investigativa sem fins lucrativos, o Facebook contrata funcionários ao redor do mundo para ler mensagens do WhatsApp e moderar seus conteúdos. Em tese, como já comunicado por Mark Zuckerberg, ninguém pode ter acesso às mensagens trocadas na plataforma, nem mesmo o Facebook, que é dono do aplicativo.
"O WhatsApp tem mais de 1.000 funcionários contratados enchendo andares de prédios de escritórios em Austin, Texas, Dublin e Cingapura, onde examinam milhões de partes do conteúdo dos usuários. Sentados em computadores em pods organizados por atribuições de trabalho, esses trabalhadores horistas usam um software especial do Facebook para vasculhar fluxos de mensagens privadas, imagens e vídeos que foram relatados por usuários do WhatsApp como impróprios e, em seguida, analisados pelos sistemas de inteligência artificial da empresa", diz um dos trechos do documento.
O Facebook alega que os funcionários apenas lêem mensagens de denúncias para identificar e remover os "piores" abusadores. Para a ProPublica, o diretor de comunicações do WhatsApp, Carl Woog, relatou que a empresa não considera isso como uma moderação de conteúdo. “As decisões que tomamos sobre como construímos nosso aplicativo se concentram na privacidade de nossos usuários, mantendo um alto grau de confiabilidade e evitando abusos.”
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