Exército israelense recupera corpo de brasileiro tomado como refém pelo Hamas
Brasileiro estava mantido como refém desde os ataques de 7 de outubro
O Exército israelense anunciou, nesta sexta-feira (24), que recuperou os corpos de três reféns que estavam na Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, incluindo o do refém brasileiro Michel Nisenbaum.
Um comunicado militar afirma que uma operação conjunta dos serviços de inteligência de Israel em Jabaliya, no norte do território, permitiu recuperar durante a noite os corpos do israelense-brasileiro Michel Nisenbaum, do franco-mexicano Orión Hernández Radoux e do israelense Hanan Yablonka.
Os três reféns morreram durante o ataque do grupo islamista palestino Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, que desencadeou a guerra, e foram levados para Gaza, informou o Exército.
Após os exames de identificação forense, as famílias foram notificadas, segundo o Exército.
Yablonka, 42 anos, e Hernández Radoux, de 32, estavam no festival de música Tribe of Nova, celebrado ao ar livre a poucos quilômetros da fronteira com o território palestino.
Nisenbaum, um morador de 59 anos da cidade israelense de Sderot, perto de Gaza, foi contactado pela última vez em 7 de outubro, quando seguia para base militar na fronteira para buscar sua neta.
Michel Nisenbaum, divorciado e pai de duas filhas, nasceu em Niterói, estado do Rio de Janeiro, e se mudou para Israel quando tinha 12 anos.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na rede social X que soube da morte do israelense-brasileiro "com imensa tristeza".
"Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele. Minha solidariedade aos familiares e amigos de Michel", escreveu Lula.
"Ao lado do povo israelense, minha mulher Sara e eu inclinamos a cabeça com profunda dor e abraçamos as famílias em luto neste momento difícil", declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que enfrenta uma crescente pressão interna para conseguir a libertação dos reféns que permanecem em cativeiro no território palestino.
O mandatário francês, Emmanuel Macron, expressou nesta sexta-feira na rede social X a "imensa tristeza" pela morte do refém franco-mexicano Orión Hernández Radoux.
"A França está mais comprometida do que nunca com a libertação de todos os reféns", acrescentou.
Durante sua coletiva de imprensa matinal, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, declarou que a morte de Hernández Radoux é "muito lamentável". Afirmou ainda que seu governo fez de "tudo para que o libertassem, salvassem sua vida, infelizmente não foi possível", disse ele ao expressar suas condolências ao pai, de nacionalidade mexicana, mas que seria residente no Chile, segundo o presidente.
Em uma entrevista à AFP em janeiro, a mãe do refém, a francesa Marie-Pascale Radoux, pediu ao Hamas que cuidasse do filho "porque ele era fisicamente frágil".
Yablonka, fã de esportes e música, também tinha dois filhos, segundo sua irmã Avivit, que na terça-feira declarou à AFP que temia "más notícias" após o anúncio da repatriação de vários corpos de reféns.
As três vítimas estavam entre as 124 pessoas que permaneciam em cativeiro em Gaza, das 252 sequestradas em 7 de outubro. O número de reféns no território palestino agora é 121, dos quais 37 morreram, segundo o Exército israelense.
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