Jovem é morto em público por ouvir K-pop na Coreia do Norte, diz relatório

Documento constava os depoimentos de 649 desertores norte-coreanos, além do caso de um jovem executado em público por ouvir e compartilhar músicas e filmes sul-coreanos

Pedro Garcia

O relatório sobre Direitos Humanos da Coreia do Norte de 2024, foi divulgado na última quinta-feira (27), pelo Ministério da Unificação da Coreia do Sul, o documento constava os depoimentos de 649 desertores norte-coreanos, além do caso de um jovem que foi executado em público por ouvir e compartilhar músicas e filmes sul-coreanos.  

O caso relata a história do jovem de 22 anos que foi morto em público por ouvir 70 músicas sul-coreanas do estilo K-pop, assistir a três filmes e compartilhá-los, violando uma lei norte-coreana, adotada em 2020, que proíbe “ideologia reacionária e cultura”, no governo de Kim Jong-un.

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De acordo com o jornal britânico The Guardian, o relatório também descreve que houve diversas tentativas da capital Pyongyang de conter o fluxo de informação e cultura externas. 

Em outros casos de proibição, não são permitidos que noivas usem vestidos brancos ou sejam carregadas por noivos, além de restrições ao uso de óculos escuros e ao consumo de álcool em taças de vinho, todos vistos como costumes sul-coreanos. 

De acordo com uma mulher que se afastou do serviço militar, os costumes sul-coreanos chegam de forma rápida. “A velocidade com que a cultura sul-coreana influencia a Coreia do Norte é muito rápida. Os jovens seguem e copiam a cultura sul-coreana e adoram tudo o que é sul-coreano”, contou ao The Guardian.

Além disso, os celulares são frequentemente revistados para verificar contatos, nomes e expressões consideradas costumes sul-coreanos. Os jovens são os principais alvos para o controle de informações externas.

(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de OLiberal.com)

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