Estudo com leão-das-cavernas de 28 mil anos pode revelar evolução da espécie

Nesta semana, os cientistas divulgaram a descoberta sobre um filhote de leão-das-cavernas, encontrado por caçadores na Sibéria há quatro anos. A fêmea encontrada foi apelida de Sparta e deve possuir em torno de 28 mil anos de existência. Por isso, estudos vão ser realizados para revelar a evolução da espécie no mundo. As informações são do portal O Globo.

A novidade atraiu os olhares do mundo inteiro, principalmente por ter despertado um fato curioso. No começo, os pesquisadores acreditavam se tratar de outro leão encontrado na mesma época e região, chamado Bóris. No entanto, foi comprovado que existiam cerca de 14 mil anos de diferença entre ambos, o que abre oportunidade para um novo estudo sobre o desenvolvimento do animal ao longo dos milênios. 

Em entrevista à CNN Love Dalen, professor de genética evolutiva no Centro de Paleogenética e autor do estudo sobre os filhote, afirmou que é provável que o animal seja da Idade do Gelo por possuir bigodes. Sparta foi encontrada com o pelo coberto de lama, porém, os fios não estão danificados. Os dentes, pele, tecidos moles e órgãos estão mumificados e intactos. As garras da fêmea ainda são afiadas. Já Boris está um pouco mais danificado, mas ainda assim é muito bom.

“Então, talvez tenham morrido em um deslizamento de terra ou caíram em uma rachadura no permafrost. O permafrost forma grandes rachaduras devido ao degelo e congelamento sazonal”, explicou o professor.

Ainda não se sabe a causa dos óbitos dos animais. Mas, o próximo passo é esperançoso.  Serão feitas pesquisas para sequenciar o DNA de Sparta, o que pode revelar a história evolutiva da espécie, o tamanho da população e suas características genéticas.

Novidades

Um estudo publicado na revista Quaternary, uma parceria entre profissionais da Suécia, Rússia e Japão, descobriu que o pelo dos leões-das-cavernas era semelhante, mas não idêntico, ao de um filhote de leão africano.