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Estudo afirma que apenas 8% das imagens enviadas no WhatsApp são verdadeiras

Levantamento foi feito por duas universidades brasileiras e uma agência de checagem

Redação Integrada ORM
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Uma pesquisa realizada por duas universidades brasileiras, juntamente com uma agência de checagem de notícias, em 347 grupos de WhatsApp encontrou entre as imagens mais compartilhadas apenas 8% podendo ser classificadas como verdadeiras.

O levantamento foi coordenador pelos professores Pablo Ortellado (USP) e Fabrício Benvenuto (UFMG), e pela agência Lupa, e analisou conteúdos compartilhados entre 16 de setembro e 7 de outubro. A amostra trouxe 347 grupos monitorados pelo projeto "Eleições sem Fake", conduzido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Segundo o estudo, os resultados não podem ser generalizados, mas, de acordo com os pesquisadores, trazem indícios significativos para a compreensão do fenômeno das notícias falsas. No período analisado, 18.088 usuários postaram 846.905 mensagens. Foram 107.256 imagens, 71.931 vídeos, 13.890 áudios, 562.866 mensagens de texto e 90.962 links externos.

Os pesquisadores e a agência analisaram as 50 imagens mais compartilhadas nos grupos. Em números totais, quatro foram consideradas verdadeiras (8%), entre elas uma do candidato presidencial Jair Bolsonaro (PSL) numa maca e outra do autor do atentado contra ele, Adélio Bispo de Oliveira.

Os autores da pesquisa divulgaram propostas em artigos e num documento enviado ao WhatsApp, aplicativo de propriedade do Facebook, sugeriram a redução da possibilidade de encaminhamento de mensagens para, no máximo, cinco destinatários. Atualmente, este limite é de até 20 pessoas ou grupos. Segundo Ortellado, o WhatsApp respondeu que tal medida seria inviável.

"Nós discordamos. Na Índia, após uma série de linchamentos causados por boatos difundidos no aplicativo, o WhatsApp conseguiu implementar mudanças em poucos dias. Nossa situação é bastante grave. Estamos conclamando também o Tribunal Superior Eleitoral e outras instituições com poder regulatório a agir", afirmou Ortellado.

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