Estudante estuprador tinha 'prazer em atacar heterossexuais'
Juíza que atuou no caso diz que jovem não mostrou 'um pingo remorso'
A juíza Suzanne Goddard, que autou na audiência que condenou à prisão perpétua o estudante indonésio Reynhard Sinaga, 36, por estrupar 48 homens e filmar os atos, disse que o jovem não mostrou "um pingo remorso" e, às vezes, parecia estar "realmente gostando do julgamento".
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Sinaga atraia homens que estavam em casas noturnas de Manchester, no Reino Unido, para seu apartamento, onde os drogava e atacava — filmando os abusos.
A juíza Goddard disse que, pela "escala e a dimensão" dos crimes de Sinaga, era "correto" que uma de suas vítimas o descrevesse como monstro.
Após a sentença, Ian Rushton, do CPS, comentou o caso. "Ele (Sinaga), sem dúvida, ainda aumentaria sua lista impressionante (de vítimas), caso não tivesse sido pego".
Ele acrescentou que achava que Sinaga tinha "um prazer particular em atacar homens heterossexuais".
Como ele foi descoberto
Sinaga, que estava estudando para um doutorado na Universidade de Leeds, no Reino Unido, realizou seus ataques ao longo de vários anos.
Ele foi pego em junho de 2017 quando uma vítima, que recuperou a consciência ao ser agredida, lutou contra Sinaga e chamou a polícia.
Quando os policiais apreenderam o telefone de Sinaga, descobriram que ele havia filmado cada um de seus ataques — totalizando centenas de horas de filmagem.
A descoberta levou à abertura da maior investigação de estupro da história britânica.
De acordo com o subchefe de polícia, Mabbs Hussain, a verdadeira extensão dos crimes de Sinaga provavelmente nunca seria descoberta.
"Suspeitamos que ele tenha cometido crimes por um período de 10 anos", afirmou. "As informações e evidências que seguimos foram em grande parte dos troféus que ele coletou das vítimas de seus crimes."
Os investigadores rastrearam dezenas de vítimas dos vídeos usando pistas encontradas no apartamento de Sinaga em Manchester, como telefones, documentos de identificação e relógios roubados.
Os julgamentos de Sinaga foram realizados ao longo de 18 meses na Manchester Crown Court, resultando em condenações unânimes para todas as acusações.
Os detetives dizem que não foram capazes de identificar 70 vítimas — e agora estão fazendo um apelo para quem acredita que pode ter sido abusado por Sinaga para se apresentar.
As condenações de Sinaga estão relacionadas aos crimes que ele cometeu de janeiro de 2015 a junho de 2017, mas a polícia acredita que ele começou a cometer as infrações anos antes.
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