Especialista afirma que é impossível recuperar os restos mortais após a implosão do submarino

O contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira americana, descreveu o ambiente no fundo do mar como "incrivelmente implacável"

Rayanne Bulhões
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Desde a confirmação dos destroços do submarino desaparecido por implosão, divulgada pela Guarda Costeira dos EUA, nesta quinta-feira (22), muito se discute a possibilidade de recuperar os restos mortais. De acordo com o oceanógrafo David Zee, especialista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a recuperação dos corpos das vítimas do submarino Titan é uma tarefa impossível.

Shahzada Dawood, empresário paquistanês; Suleman Dawood, filho do empresário paquistanês; Hamish Harding, bilionário empresário e explorador britânico; Paul-Henry Nargeolet, mergulhador francês; e Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate, perderam suas vidas durante a expedição ao Titanic. Em uma entrevista coletiva a Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou que não há um plano claro para resgatar os restos mortais.

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Em certa profundidade do mar, a implosão pode ocorrer de forma espontânea

O contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira americana, descreveu o ambiente no fundo do mar como "incrivelmente implacável". David Zee explicou que, devido à enorme pressão externa, a morte das vítimas foi instantânea, tornando extremamente difícil encontrar seus restos mortais. Embora os destroços do submarino possam permanecer no local por algum tempo devido à sua densidade, a correnteza provavelmente já levou os restos humanos para longe.

Na manhã de quinta-feira, foram encontrados destroços do submersível Titan, incluindo seu cone de cauda, cerca de 1.600 pés de distância da proa do Titanic, conforme confirmado pelo contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA.

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