'Escravos' amarrados são simulados em festa de casamento de elite

Pessoas fantasiadas de indígenas andavam amarradas e curvadas durante a cerimônia

Emilly Melo
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Uma festa de casamento recebeu inúmeras críticas após contratar pessoas para se fantasiar de escravos indígenas durante a cerimônia, no Peru. A celebração, realizada no dia 9 de abril, marcou o matrimônio de Belén Barnechea, filha do ex-candidato à presidência do Peru, Alfredo Barnechea, e Martín Cabello de los Cobos, neto dos condes de Fuenteblanca. As informações são da Revista Fórum. 

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O casamento contou com uma procissão pelo centro da cidade de Trujillo com pessoas fantasiadas de indígenas que foram escravizadas por espanhóis durante a colonização do Peru. Além de seminus, os “escravos” andavam curvados e amarrados por cordas ao redor dos noivos. 

No local onde aconteceu a festa, as pessoas ainda simulavam trabalhos forçados em meio ao banquete das famílias de elite. 

Com a repercussão negativa, o Ministério da Cultura peruano se manifestou nas redes sociais por meio de uma nota de repúdio ao uso da cultura indígena pré-colombiana para fins de lazer. 

"Repreendemos o uso inadequado de nossa diversidade cultural por motivos comerciais e/ou de lazer, pois afeta a percepção dela como algo exótico, reforçando estereótipos históricos que não agregam ao tratamento respeitoso que merece a cultura ancestral do Peru", diz um trecho da nota. 

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)

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