Emirados Árabes interceptam e destroem dois mísseis balísticos em Abu Dhabi, diz Defesa

Testemunhas disseram ter ouvido sons de explosões e ter visto bolas de fogo no céu

O Liberal
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O Ministério da Defesa dos Emirados Árabes Unidos informou que dois mísseis balísticos que miravam a capital, Abu Dhabi, foram interceptados e destruídos na manhã desta segunda-feira (24). As informações são da CNN Brasil.

Em comunicado, o Ministério disse que os "dois mísseis balísticos foram lançados pelo grupo terrorista Houthi.” “O ataque não resultou em baixas, pois os remanescentes dos mísseis interceptados e destruídos caíram em áreas separadas ao redor do Emirado de Abu Dhabi”, disse a nota.

O ministério disse ainda que “está pronto para lidar com qualquer ameaça, e que toma todas as medidas necessárias para proteger o estado de todas as formas de ataque”.

Testemunhas do ataque

Às 4h15min na segunda-feira, testemunhas em Abu Dhabi disseram ter ouvido sons de explosões e ter visto, o que descreveram como, bolas de fogo no céu.

Diversos voos tiveram a chegada atrasada no aeroporto de Abu Dhabi, de acordo com o site do aeroporto. O site de rastreamento de voos Flightradar24 mostrou que aviões com destino a Abu Dhabi, estavam voando em círculos em volta do aeroporto.

Os mísseis vêm uma semana depois de rebeldes do grupo com base iraniana Houthi terem admitido ser responsáveis pelo ataque perto do aeroporto de Abu Dhabi em 17 de janeiro, que matou três pessoas e provocou múltiplas explosões na capital. Este foi o primeiro ataque mortal nos Emirados Árabes em anos.

“Os EAU são um estado inseguro enquanto sua escalada agressiva contra o Iêmen continuar”, disse um porta-voz dos rebeldes Houthi do Iêmen avisou na época.

Contra-ataque

Em resposta ao ataque, a coalizão liderada pelos sauditas que luta no Iêmen lançou ataques aéreos na capital iemenita, Saana, matando ao menos 12 pessoas no bombardeio mais mortal na cidade desde 2019.

Em 21 de janeiro, pelo menos 82 pessoas foram mortas e 266 feridas quando um ataque aéreo atingiu um centro de detenção no Iêmen, de acordo com o ministro da Saúde Houthi, Taha Al-Mitwakel. Um outro ataque aéreo naquele dia,  atingiu um prédio de telecomunicações na cidade portuária estratégica de Hodeidah, causando um apagão de internet em todo o país.

Os Houthis culparam a coalização saudita pelos ataques. A coalizão liderada pelos sauditas negou ter mirado deliberadamente o centro de detenção, com seu porta-voz Brig. Gen. Turki Al-Maliki, chamando as acusações de "sem base e infundadas", segundo a agência estatal de notícias saudita SPA.

A coalizão disse que atingiu Hodeidah, derrubando "um dos centros de pirataria marítima e crime organizado dos Houthi ". Eles também afirmaram ter atacado "alvos militares" em Sanaa.

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