Em campo de refugiados de gaza, bombardeio deixa 68 mortos
Segundo o hospital mais próximo, entre os mortos estão 12 mulheres e sete crianças.
Nesta segunda-feira (25), um bombardeio a um campo de refugiados em Maghazi, na faixa central de Gaza, deixou 68 mortos. Segundo o hospital mais próximo, entre os mortos estão 12 mulheres e sete crianças.
“Fomos todos alvo”, disse Ahmad Turkomani, que perdeu vários membros da família, incluindo a filha e o neto. “De qualquer forma, não existe lugar seguro em Gaza.”
Israel enfrenta críticas internacionais pelo número de civis mortos, mas culpa o Hamas, dizendo que o grupo terrorista usa áreas residenciais e túneis para se esconder no território.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução para o conflito na última sexta-feira (22). A resolução, aprovada após intensas negociações por 13 votos a favor, nenhum contra e duas abstenções (Estados Unidos e Rússia) "exige a todas as partes que autorizem e facilitem a entrega imediata, segura e sem obstáculos de assistência humanitária em larga escala" para Gaza.
Também pede "a criação de condições para uma cessação duradoura das hostilidades", segundo a agência France Presse.
A aprovação do texto tem pouco efeito prático, porém, impõe uma pressão política nos dois lados envolvidos no conflito.
Falando à GloboNews, o colunista Marcelo Lins explicou que espera-se que um Estado nacional, soberano e democrático atenda, respeite e siga as determinações votadas pelo Conselho, mas esse nem sempre é o caso.
Isso porque, mesmo que as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sejam juridicamente vinculativas, na prática muitos países optam por ignorar os pedidos de ação do grupo.
No dia 7 de outubro militantes do Hamas invadiram a região sul de Gaza, mataram centenas de israelenses e voltaram para o território palestino com centenas de reféns.
Acredita-se que o Hamas e o pequeno aliado militante Jihad Islâmica mantêm mais de 100 reféns entre os 240 que capturaram durante o ataque de 7 de outubro em cidades israelenses.
Desde então, Israel sitiou a estreita Faixa de Gaza e devastou grande parte dela, com mais de 20.400 pessoas confirmadas como mortas, segundo as autoridades de Gaza governada pelo Hamas, e milhares de outras que se acredita terem morrido sob os escombros.
Dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, 90% foram expulsos de suas casas e as Nações Unidas afirmam que as condições são catastróficas.
Desde que uma trégua de uma semana chegou ao fim no início do mês, os combates apenas se intensificaram no terreno, e a guerra se espalhou desde o norte da Faixa de Gaza até toda a extensão do enclave densamente povoado.
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