Elon Musk se reuniu com embaixador iraniano para apaziguar tensões com EUA
Segundo fontes do New York Times, o encontro com Amir Saeid Iravani foi "positivo", mas, nem a equipe de transição de Trump e nem a missão do Irã nas Nações Unidas confirmam a reunião
O bilionário Elon Musk, aliado próximo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu com o embaixador iraniano na ONU para tentar reduzir as tensões entre Teerã e Washington, informou o New York Times nesta terça-feira (14).
Citando duas fontes iranianas anônimas, o jornal afirma que o encontro em Nova York entre o homem mais rico do mundo e o embaixador Amir Saeid Iravani foi "positivo". Os dois se reuniram na segunda-feira por mais de uma hora, segundo o Times.
Nem a equipe de transição de Trump e nem a missão do Irã nas Nações Unidas confirmaram, a princípio, o encontro.
Caso confirmada, a reunião pode ser um sinal de que Trump considera seriamente a diplomacia com o Irã e pode não optar por uma abordagem mais agressiva, defendida por membros conservadores do Partido Republicano e por Israel.
Também reforçaria a influência de Musk, proprietário da Tesla, da SpaceX e do X, que tem sido uma presença constante ao lado do presidente eleito e, segundo relatos, o acompanhou em ligações telefônicas com líderes mundiais.
Trump indicou o bilionário para liderar uma nova "comissão de eficiência governamental", junto com outro empresário, Vivek Ramaswamy.
Em seu primeiro mandato, Trump retirou os Estados Unidos de um acordo sobre o programa nuclear iraniano negociado por seu antecessor, Barack Obama, e promoveu uma política de "pressão máxima" contra Teerã.
No entanto, durante a última campanha, ele se mostrou aberto à diplomacia, apesar de seu apoio declarado ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que ordenou ataques militares contra o Irã em paralelo à guerra contra o Hamas em Gaza.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, considerado moderado dentro da República Islâmica, afirmou nesta quinta-feira que deseja esclarecer "dúvidas e ambiguidades" sobre o programa nuclear "pacífico" de seu país, ao receber o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi.
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