Dois processos aos quais Donald Trump responde na Justiça dos Estados Unidos podem ser anulados
Trump é atualmente réu em três processos e já foi condenado em um quarto caso, no qual aguarda sentença
O procurador do Departamento da Justiça, Jack Smith, está analisando as possibilidades legais de cancelar os processos de Donald Trump, segundo fontes do departamento disseram à agência de notícias Associated Press (AP). O entendimento de Smith agora, segundo as fontes ouvidas pela AP, é que as acusações não se aplicam em casos de presidentes em exercício.
O procurador do Departamento da Justiça, Jack Smith, que analisa a possibilidade de cancelar os processos de Trump, é também o autor das denúncias que originaram os processos, no ano passado. Smith acusou o republicano de conspirar para anular o resultado das eleições de 2020, quando ele perdeu para o atual presidente dos EUA, Joe Biden, e de guardar ilegalmente documentos confidenciais da Casa Branca em sua casa na Flórida ao deixar a presidência.
Trump é o primeiro presidente condenado da história dos Estados Unidos e será também o primeiro a responder como réu durante sua gestão.
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A eleição de Trump para um novo mandato não exime o republicano dos processos. Ele seguirá respondendo como réu. No entanto, analistas americanos consideram pouco provável que o ex-presidente vá para a cadeia. Isso porque as 34 acusações se referem a crimes de Classe E, considerados leves em Nova York.
Além disso, o juiz pode considerar que:
- É a primeira condenação criminal de Trump;
- O crime não foi violento;
- A idade do condenado é de 78 anos;
- Ele já foi presidente dos EUA e foi eleito novamente.
Em vez de prisão, o juiz pode optar por uma pena mais branda, como liberdade condicional ou multa.
A situação de Trump poderia se complicar caso avançassem os demais processos a que ele responde: um por se apropriar de documentos sigilosos da Casa Branca, um por tentar interferir no resultado da eleição de 2020 (quando perdeu em 2020), e o mais grave, relacionado à invasão do Congresso americano em janeiro de 2021, quando seus apoiadores tentaram impedir a posse de Biden.
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