Ditador norte-coreano Kim Jong-un promete apoio a Putin na "luta sagrada" contra a Ucrânia
Líderes da Coreia do Norte e da Rússia, Jong-un e Vladimir Putin se encontraram na base de lançamento espacial russa de Vostochny
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que chegou à Rússia na terça-feira (12) após uma viagem de trem ao país, prometeu apoiar o presidente Vladimir Putin na "luta sagrada" contra a Ucrânia. “O exército e o povo russos certamente obterão uma grande vitória na luta sagrada pela punição de um grande mal que reivindica hegemonia e alimenta uma ilusão expansionista”, declarou o líder norte-coreano. "Tenho certeza de que permaneceremos juntos na luta contra o imperialismo", disse ainda Kim.
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Ainda durante o encontro, Kim afirmou que a Coreia do Norte transformará as relações com a Rússia na "prioridade máxima" de sua diplomacia e que a reunião é um "trampolim” para fortalecer as relações. "A Rússia enfrenta atualmente (...) forças hegemônicas para proteger os seus interesses de segurança. Sempre expressamos o nosso apoio total e incondicional a todas as medidas tomadas pelo governo russo", acrescentou.
Os dois encontraram na base de lançamento espacial russa de Vostochny, no extremo leste do país, nesta quarta-feira (13), e conversaram por cerca de quatro horas. Jong-Un e Putin também caminharam pelas instalações do cosmódromo de Vostochni, incluindo uma área de montagem de foguetes Angara russos de nova geração, de acordo com informações divulgadas pela TV estatal russa.
O presidente da Russia indicou que o país pretende ajudar a Coreia do Norte a construir satélites. Pyongyang já tentou colocar em órbita dois satélites de espionagem, mas eles falharam. "É por isso que viemos aqui. O líder da Coreia do Norte mostra grande interesse na engenharia de foguetes, eles também estão tentando desenvolver o espaço", disse Putin.
Fontes do governo norte-americano afirmam que a expectativa é de que Vladimir Putin aproveite o encontro com Kim Jong-un para tentar obter armamentos para usar na guerra na Ucrânia, já que a Coreia do Norte detém um arsenal de armas desenvolvido de acordo com os padrões soviéticos que poderiam ser utilizados no conflito.
Em troca, Kim pediria auxílios para seus setores de energia e alimentação, além de tecnologia para desenvolvimento de armamentos mais avançados, como mísseis balísticos intercontinentais.
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