Dia da Bastilha: França celebra festa nacional com forte policiamento após onda de protestos
Na manhã desta sexta-feira, caças sobrevoaram o céu de Paris durante o tradicional desfile militar na Champs Elysées
Nesta sexta-feira (14), os franceses comemoram a tomada do poder do regime tirânico pelo povo, ocorrida em 14 de julho de 1789, quando cidadãos do país invadir o castelo da Bastilha contra altos impostos e um verão de fome. No local, que se transformou em um dos principais símbolos da história da França, funcionava uma fortaleza militar e prisão. Feriado nacional, o Dia da Bastilha deste ano conta com um grande destacamento policial, semanas depois de uma onda de protestos e várias noites de tumultos após a morte de um jovem baleado pela polícia.
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A França organizou um dispositivo de 45 mil policiais e gendarmes desde a noite de quinta-feira (13) até o início da manhã de sábado (15). Na manhã desta sexta-feira, caças sobrevoaram o céu de Paris durante o tradicional desfile militar na Champs Elysées, com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi como convidado de honra do presidente Emmanuel Macron. O presidente francês também percorreu a avenida rumo ao Arco do Triunfo a bordo de uma viatura militar, sob aplausos e algumas vaias do público.
Desde o início deste ano, Macron enfrentou vários protestos. A primeira onda foi contra a reforma da Previdência. Em junho deste ano, a morte de Nahel, um menino de 17 anos, desencadeou nove noites de violência urbana.
“As festas populares transcorreram dentro da normalidade na França e constatamos menos danos em relação a 2022”, disse, pelo Twitter, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, sobre as festividades da noite anterior, 13 de julho.
O primeiro balanço oficial aponta 218 carros incendiados, contra 326 na mesma noite do ano passado. Quase 100 pessoas foram detidas e três policiais ficaram feridos (34 em 2022).
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