Crise econômica fazem mulheres afegãs perderem empregos e terem menos direitos
Direitos duramente conquistados nas últimas duas décadas foram rapidamente revertidos
De acordo com estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado nesta quarta-feira (19), os níveis de emprego entre afegãs caíram cerca de 16% no terceiro trimestre de 2021. No caso dos homens, a queda foi de 6%. As informações são do portal Reuters, divulgadas pela Agência Brasil.
Para piorar a situação, o Talibã só permite que mulheres trabalhem sujeitas à sua interpretação da lei islâmica, levando algumas a deixar os empregos por medo de punição, uma vez que o grupo restringiu severamente a liberdade feminina quando governou pela primeira vez o país.
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Direitos duramente conquistados nas últimas duas décadas foram rapidamente revertidos. Relatórios de especialistas em direitos internacionais e organizações trabalhistas desenharam nesta semana um quadro sombrio para o emprego feminino e o acesso ao espaço público.
"No passado, tínhamos muito trabalho a fazer", disse Noori, que está determinada a manter seu negócio funcionando para empregar o máximo de mulheres possível.
"Tínhamos diferentes tipos de contratos, podíamos pagar facilmente um salário aos nossos mestres alfaiates e a outros trabalhadores, mas atualmente não temos contratos."
Crise econômica
Com a economia do Afeganistão em profunda crise - bilhões de dólares em ajuda e reservas foram cortados, e a população comum têm pouco dinheiro até mesmo para o básico - empresas como a de Noori estão lutando para se manter de pé.
Embora a crise econômica esteja atingindo todo o país, com algumas agências prevendo que isso deixará quase toda a população na pobreza nos próximos meses, o efeito é sentido desproporcionalmente pelas mulheres.
Para as trabalhadoras da oficina de Noori, a oportunidade de ganhar algum dinheiro supera outras preocupações.
"Principalmente nossas famílias estão preocupadas com nossa segurança. Nos ligam repetidamente quando não chegamos em casa a tempo, mas todos continuamos trabalhando porque temos problemas econômicos", disse Lailuma, que forneceu apenas um nome por temer pela segurança.
Outra trabalhadora, Saleha, agora sustenta toda a família. "Minha renda mensal é de cerca de mil afeganes (US$ 10), e sou a única pessoa que trabalha na família. Infelizmente, desde que o Talibã chegou ao poder, não há praticamente nenhuma renda.
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