Congresso da Nicarágua aprova reforma que dá poder total a Ortega e esposa
O texto concede, ainda, poder total ao Executivo do país
O Congresso da Nicarágua aprovou, nesta sexta-feira (22), uma reforma constitucional que concede ao presidente Daniel Ortega e à sua esposa, Rosario Murillo, na função de "copresidente", um controle absoluto sobre os poderes do Estado.
A Assembleia Nacional (Legislativo), controlada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN, esquerda), aprovou "por unanimidade" a iniciativa apresentada na terça-feira pelo presidente, anunciou o chefe do Parlamento, Gustavo Porras, perante o plenário.
A polêmica reforma amplia o mandato presidencial de cinco para seis anos, e confirma o poder que Murillo já tem, ao igualá-lo ao de Ortega, pois eleva seu status de vice-presidente para o de copresidente.
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O texto concede, ainda, poder total ao Executivo, pois estabelece que os copresidentes vão coordenar "os órgãos legislativo, judiciário, eleitoral, de controle e fiscalização, regionais e municipais", que antes a Constituição reconhecia como independentes.
Ortega, um ex-guerrilheiro de 79 anos, que governou a Nicarágua na década de 1980, após a vitória da revolução sandinista, voltou ao poder em 2007. Desde então, segundo seus críticos, instaurou uma "ditadura" e o "nepotismo" ao lado de sua esposa, seis anos mais jovem.
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