Cidade portuária grega declara estado de emergência por maré de peixes mortos
A medida vigorará por um mês, até 30 de setembro.
A cidade portuária de Volos, no centro da Grécia, declarou estado de emergência devido à poluição marinha causada pelo aparecimento de toneladas de peixes mortos no mar, anunciou a agência de notícias estatal neste sábado (31).
O Ministério da Crise Climática e da Proteção Civil explicou em um documento que decidiu "declarar o estado para responder às necessidades de emergência e gestão das consequências derivadas da poluição marinha ocorrida no Golfo Pagasético". A medida vigorará por um mês, até 30 de setembro.
Quase um ano após enchentes catastróficas na região da Tessália, no centro da Grécia, toneladas de peixes mortos foram levados para o Golfo de Volos, cerca de 170 km ao norte de Atenas. Os peixes mortos, dizem os especialistas, vieram do Lago Karla, que foi drenado em 1962 para combater a malária e cresceu três vezes o seu tamanho normal após as cheias.
Essas inundações encheram novamente um lago próximo, até três vezes a sua capacidade normal, que tinha sido drenado em 1962 em uma tentativa de combater a malária.
"Depois das tempestades Daniel e Elias no outono passado, cerca de 20 mil hectares de planícies na Tessália foram inundados e vários peixes de água doce foram arrastados pelos rios" para o mar, explicou Dimitris Klaudatos, professor de agricultura e meio ambiente na Universidade da Tessália.
Desde então, as águas do lago baixaram dramaticamente, forçando os peixes de água doce a seguirem para o porto de Volos e para as águas do Golfo Pagasético e do Mar Egeu, onde não conseguem sobreviver.
Só na terça-feira, as autoridades retiraram 57 toneladas de peixes mortos encalhados nas praias perto de Volos. A maioria dos milhares de animais mortos já foi removida. Segundo o canal Ertnews, dois navios concluíam o processo neste sábado. As autoridades colocaram redes especiais na foz do rio Xiria para conter o grande volume de peixes mortos.
As chegadas de turistas à região já diminuíram 80% desde as cheias do ano passado. "O que aconteceu com esses peixes mortos será a nossa morte", disse Stefanos Stefanou, presidente da associação local de restaurantes e bares.
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