China relaxa política de ‘Covid-zero’ após série de protestos

Restaurantes e locais de diversão foram reabertos ao público

Emilly Melo
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A China começou a flexibilizar as medidas da política de “Covid-zero” desde o fim de semana em todo o país, após uma onda de protestos contra as duras regras. Cidades como  Pequim, Xangai, Shenzen e Hangzhou estão permitindo que os cidadãos usem transporte público ou frequentem espaços públicos sem a apresentação de um teste negativo para covid. Com informações do Ansa.

Os testes em massa foram retirados em vários pontos e os confinamentos obrigatórios para quem teve contato com uma pessoa contaminada em um círculo social "muito próximo" passaram a ser realizados em casa e não mais em centros de saúde.    

Além disso, restaurantes e locais de diversão que estavam fechados foram reabertos ao público. No entanto, a repressão aos protestos populares continua intensa, com prisões de quem for às ruas criticar o governo.  

 A China vem enfrentando uma alta nos casos da doença, na maior onda pandêmica em contágios desde as primeiras notificações da Covid-19, em dezembro de 2019. Apesar disso, as mortes continuam em patamares baixíssimos - houve um óbito nas últimas duas semanas. No entanto, ao tentar voltar a aplicar os lockdowns em distritos inteiros, a população se manifestou e foi às ruas criticar o governo de Xi Jinping

Na última semana, um dos mais altos diretores sanitários do país defendeu a política de "Covid zero", mas criticou as autoridades locais na aplicação das medidas de maneira uniforme, sem analisar a gravidade da situação. De acordo com o portal Our World in Data, que monitora o avanço da pandemia no mundo, a média de casos diários nos últimos sete dias na China é de 35.433, recorde para o país

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)

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