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Brasileiro e amigo são encontrados mortos durante cruzeiro nos EUA

Os corpos de Túlio Lacerda e Jason Aguirre foram descobertos em um camarote na tarde do último dia 30, por funcionários do navio

O Liberal

Dois passageiros, um deles brasileiro, de 32 anos, foram encontrados mortos em um quarto de um cruzeiro de férias que faziam nos Estados Unidos. A família de Túlio Lacerda, natural de Minas Gerais, lançou uma campanha para repatriar o corpo para o Brasil.

Os corpos foram descobertos na tarde do último dia 30, no camarote onde os dois amigos foram acomodados durante o cruzeiro que faziam pelo estado da Califórnia. O caso foi inicialmente divulgado pelo Diário de Teófilo Otoni, terra natal de Túlio, na semana passada e confirmado pelo portal UOL com parentes do brasileiro.

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Túlio e o amigo Jason Aguirre foram encontrados já sem vida no chão do camarote pela equipe de bordo, depois que os funcionários do cruzeiro notaram a ausência de ambos durante a verificação para o desembarque do navio. O navio havia partido da Califórnia com destino ao México e já havia retornado à Califórnia.

O navio atracou na Califórnia na manhã de 30 de outubro, mas os corpos só foram descobertos à tarde. A família de Túlio afirma que só foi informada da morte na terça-feira, dia 31.

Os paramédicos tentaram reanimar os dois quando os encontraram, mas não tiveram sucesso, conforme relatou Dony Gonçalves, tia de Túlio, ao Diário de Teófilo Otoni. De acordo com o jornal, não havia sinais de violência ou agressão nos corpos.

Neila Gonçalves, tia de Túlio, informou ao UOL que a família ainda não sabe a causa da morte do sobrinho e que o caso está sob investigação da polícia norte-americana. Dony disse que as informações não estão sendo divulgadas para não prejudicar as investigações.

Segundo relatos da família, Túlio se mudou para os EUA em 2015. Ele ingressou no exército americano, onde serviu por três anos, e pediu dispensa no início de 2023, embora ainda constasse como reservista. Ele havia obtido o Green Card, que permitia a ele residir e trabalhar permanentemente no país.

Consternação

A tia de Túlio afirmou que a família está profundamente abalada com essa tragédia. "A família está muito abalada, muito chocada. Ainda estamos com dificuldades para acreditar. É uma grande tristeza. A família ainda não sabe a causa [da morte], o que aumenta a tristeza entre amigos e familiares. Tulinho era um menino de ouro, muito querido por amigos e familiares. Não podemos mensurar nossa dor", declarou Neila Gonçalves ao UOL.

Amigos de Túlio nos Estados Unidos realizaram uma missa de sétimo dia em uma igreja no estado de Massachusetts. Um amigo do jovem escreveu nas redes sociais: "Você sempre será lembrado. Eu te amo".

Familiares de Túlio estão organizando uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar a cobrir os custos de repatriação do corpo para o Brasil e as despesas do funeral. A meta da campanha é de US$ 30 mil (aproximadamente R$ 146 mil).

"Túlio era uma pessoa incrível, carinhosa e amorosa. Ele era uma luz para todos os seus amigos e familiares. As pessoas que o conhecessem, rapidamente se apaixonariam por seu enorme coração e grande sorriso. Este é um momento extremamente difícil para todos nós, nunca esperávamos que isso acontecesse, e tudo o que puderem ajudar ficaremos super gratos", escreveu o amigo Maycon da Silva no site da campanha.

Familiares de Jason também lançaram uma campanha para arrecadar fundos a fim de possibilitar o traslado do corpo dele para o estado de Massachusetts, onde ele residia. "[Jason era] um ser humano que tinha o maior coração e fazia todos que cruzavam seu caminho sorrir. Ele significou uma grande parte da vida de todos e não quero nada mais do que celebrar seu nome como ele deve ser lembrado".

Itamaraty oferece assistência à família

O Ministério das Relações Exteriores informou ao UOL que permanece à disposição, por meio dos consulados-gerais do Brasil em Los Angeles e São Francisco, para prestar assistência consular aos familiares de Túlio.

O Itamaraty esclareceu que os consulados brasileiros, em casos de óbito de cidadãos nacionais no exterior, podem "fornecer orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com as autoridades locais e auxiliar na emissão de documentos, como o atestado consular de óbito, assim que os procedimentos exigidos pelas autoridades locais forem concluídos".

O transporte dos restos mortais de brasileiros é uma decisão da família, segundo o ministério, que também enfatizou que o traslado "não pode ser financiado com recursos públicos".

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