Boris Johnson renuncia ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido; entenda os motivos
A saída dele foi anunciada durante pronunciamento na manhã desta quinta-feira
Como já havia sido adiantado pela imprensa britânica, Boris Johnson renunciou ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido, nesta quinta-feira (7). “Nos últimos dias, ficou dificil conseguir (continuar)”, declarou, durante pronunciamento realizado nesta manhã, em frente ao número 10 da Downing Street, residência oficial. Ele informou que pretende permanecer no cargo até outubro, para que um substituto seja escolhido pelo Partido do Conservador, porém, isso depende de uma avaliação do parlamento britânico. As informações são do Portal Metrópoles.
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“É minha função junto a vocês continuar fazendo o que prometi em 2019. Estou abrindo mão da melhor profissão do mundo, mas quero agradecer a minha família, aos servidores, agências e membros do Partido Conservador”, declarou o premiê, ao anunciar a renúncia. “Quero agradecê-los pelo privilégio que me deram. Até que o novo primeiro-ministro seja encontrado, vocês serão contemplados”, continuou.
Motivos para a demissão
A crise na gestão de Johnson se agravou após a revelação de um escândalo de assédio sexual envolvendo o ex-vice-líder do governo no parlamento, Christopher Pincher. Interlocutores do governo afirmam que o premiê havia decidido ignorar as denúncias. Ele supostamente sabia das queixas, mas, ainda assim, teria optado por nomear Pincher como vice-lider do governo no Parlamento.
Na última quinta-feira (30), Pincher renunciou ao cargo de vice-líder do Partido Conservador, após ser acusado de apalpar dois convidados em um jantar privado na noite anterior. Ele admitiu que havia bebido demais, causado incômodo e “envergonhado” outras pessoas, em uma carta a Boris Johnson.
Um ex-funcionário do Ministério das Relações Exteriores, Simon McDonald, alegou que Downing Street, do gabinete do primeiro-ministro, mentiu ao dizer que não sabia de denúncias anteriores de assédio contra Pincher, agravando ainda mais a situação do governo e aumentando a frustração de parlamentares da legenda, que vinham defendendo a gestão.
A crise levou à saída em massa de 15 membros do alto escalão. São eles:
- Will Quince, ministro das crianças e famílias
- Robin Walker, ministro de estado para os padrões escolares
- Rishi Sunak, ministro das Finanças
- Sajid Javid, secretário de Saúde
- Bim Afolami, vice-presidente do Partido Conservador
- John Gleen, secretário de economia
- Alex Chalk, procurador-geral da Inglaterra e País de Gales
- Victoria Atkins, ministra júnior do Ministério do Interior
- Stuart Andrew, ministro júnior da habitação
- Laura Trott, Secretária Parlamentar Particular (PPS) do Departamento de Transportes
- Saqib Bhatti, PPS para Secretário de Estado da Saúde e Assistência Social
- Jonathan Gullis, PPS para Secretário de Estado da Irlanda do Norte
- Nicola Richards, PPS do Departamento de Transportes e MP
- Virginia Crosbie, PPS para o Gabinete do País de Gales
- Felicity Buchan, PPS no Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial
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