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Biden defende sua candidatura, mas comete novas gafes monumentais: 'estou bem'

Eleições dos EUA: Presidente continua lutando por sua sobrevivência política, mas as duas últimas semanas foram um 'calvário' para o democrata; veja as gafes

Aurélia END / AFP
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Joe Biden repetiu nesta quinta-feira (11.07) que é o democrata "mais qualificado" para as eleições apesar de confundir Donald Trump com Kamala Harris e Volodimir Zelensky com Vladimir Putin.

"Acredito que sou a pessoa mais qualificada para ser candidato à presidência. Venci ele uma vez e vou vencer de novo", disse Biden, de 81 anos, sobre seu adversário republicano Donald Trump em uma entrevista coletiva marcada por gafes monumentais.

O presidente disse que deseja "concluir o trabalho" que começou e se considera completamente capaz de lidar com os presidentes chinês e russo, Xi Jinping e Vladimir Putin, "dentro de três anos", caso vença o pleito de novembro.

O democrata mostrou-se muito mais seguro hoje que durante seu debate desastroso contra Trump em junho, mas cometeu equívocos colossais, como geralmente acontece.

Em resposta à primeira pergunta, disse: "Não teria escolhido o vice-presidente Trump para ser vice-presidente se não acreditasse que ela está qualificada para ser presidente". 

Obviamente, ele se referia à sua vice, Kamala Harris. Não se deu conta da confusão e prosseguiu com a entrevista como se nada tivesse acontecido.

Momentos antes, durante uma cerimônia com outros líderes da Otan, também se equivocou ao apresentar o chefe de Estado ucraniano, Volodimir Zelensky, chamando-o de "presidente Putin". Mas desta vez se se deu conta do erro e tentou corrigi-lo.

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"E agora quero passar a palavra ao presidente da Ucrânia, que tem tanta coragem quanto determinação. Senhoras e senhores, o presidente Putin", disse.

O democrata, que liderou a resposta ocidental à invasão russa da Ucrânia, afastou-se do microfone, mas assim que percebeu o erro, voltou e disse: "Ele vai derrotar o presidente Putin. O presidente Zelensky."

Durante a entrevista, Trump aproveitou para fazer troça de seu adversário: "Bom trabalho, Joe!", escreveu o ex-presidente em sua rede Truth Social.

'Estou bem'

As duas últimas semanas foram um calvário para Biden, que luta por sua sobrevivência política depois que mais de 50 milhões de pessoas dos Estados Unidos viram como ele perdia sua linha de raciocínio e até divagava no debate com Trump.

Noventa minutos que mergulharam no caos sua campanha para a reeleição.

Alguns congressistas democratas da Câmara dos Representantes e um senador lhe pediram abertamente que jogasse a toalha. Temem que ele os arraste para o fracasso nas eleições legislativas que acontecem simultaneamente ao pleito presidencial.

"Estou determinado a concorrer, mas acho que é importante dissipar os temores", afirmou Biden.

"Estou bem", disse, e negou que tenha que se recolher às 20h como foi veiculado. Reconheceu, isso sim, que "seria mais inteligente" baixar o ritmo para evitar começar o dia às 7h da manhã e dormir "à meia-noite".

"Fui submetido a três exames neurológicos intensos e consistentes", o último "em fevereiro", lembrou, e os médicos "dizem que estou em boa forma".

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Biden garantiu que os aliados temem a volta de Trump ao poder e acusou o republicano de não ter "compromisso" com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que realiza uma cúpula histórica esta semana em Washington.

'Seria um desastre'

"Os aliados europeus" não estão dizendo "Joe, não seja candidato", afirmou. "O que os ouço dizer é 'você tem que vencer, não pode deixar que este tipo avance. Seria um desastre'". 

Biden fez um esforço para se expressar com uma voz mais clara que no debate.

O presidente lida com a gagueira desde que era criança. Nunca foi um orador brilhante e a improvisação não é seu ponto forte.

Nesta quinta, travou em alguns momentos ao falar e teve dificuldade de terminar algumas frases, mas nada comparado com o que aconteceu há duas semanas.

A seu favor, tem demonstrado que domina os temas internacionais, sem necessidade de notas nem de teleprompter.

A poucas semanas da convenção na qual será nomeado o candidato democrata, prevista para 19 a 22 de agosto em Chicago, sua situação política é complexa.

Segundo o New York Times, sua equipe de campanha e sua vice-presidente e companheira de chapa, Kamala Harris, têm sondado discretamente as possibilidades desta mulher de 59 anos para derrotar Trump.

Biden a defendeu nesta quinta, mas repetiu diversas vezes que quer ele mesmo terminar o trabalho.

Uma pesquisa Ipsos publicada nesta quinta-feira pelo Washington Post e pela ABC não mostra queda nas intenções de voto a nível nacional desde o debate: Joe Biden e Donald Trump estão empatados com 46% cada.

Mas 67% dos entrevistados acreditam que Biden deveria retirar sua candidatura. Entre os eleitores democratas, 56% pensam assim.

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