Biden apela à diplomacia, mas volta a ameaçar Rússia em caso de guerra

Presidente norte-americano disse apostar em uma solução pacífica, mas ainda considera um ataque russo à Ucrânia "uma possibilidade forte"

Sérgio Chêne
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O presidente norte-americano Joe Biden disse, nesta terça-feira (15/2), que ainda acredita em uma solução diplomática para evitar um conflito armado entre Rússia e Ucrânia, mas detalhou ameaças econômicas e mesmo militares se o país do presidente Vladimir Putin insistir em invadir o vizinho. Com informações divulgadas pelo portal Metrópoles.

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Em comunicado à nação direto da Casa Branca, sede do governo americano, Biden disse que não pretende engajar tropas do país em um possível conflito, mas que irá equipar e treinar as forças armadas ucranianas se houver uma guerra. Ainda segundo o líder dos EUA, se algum membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) for ameaçado pelos russos, todo o grupo irá responder.

“Os EUA estão prontos a responder decisivamente a um ataque, que ainda é uma possibilidade forte”, disse Biden. “Falei com o presidente Putin hoje e disse a ele que estamos prontos para manter uma diplomacia de auto nível, estamos propondo novas medidas de controle de armas tanto para Otan quanto para a Rússia, e, enquanto houver esperança de uma solução diplomática, que evite o uso de força e o sofrimento humano, nós perseguiremos isso”, disse Biden.

Biden afirmou ainda que os EUA não conseguiram verificar recuos no posicionamento das tropas russas ao longo da fronteira com a Ucrânia e voltou a aconselhar cidadãos norte-americanos a deixarem a região “enquanto ainda é possível fazê-lo em segurança”.

“Se a Rússia [a Ucrânia] invadir nos próximos dias, o custo será imenso e o mundo não esquecerá que a Rússia escolheu morte e destruição”, disse Biden.

Putin afirmou que é necessário reforçar a importância de promover a discussão entre as nações europeias sobre os mecanismos usados para garantir a proteção de todos. ”

Nós estamos prontos para discutir essas ideias sobre a segurança da Europa, já que fomos nós que a sugerimos em primeiro lugar”, disse o russo, em coletiva de imprensa ao lado do chanceler alemão Olaf Scholz. A visita de Scholz à Rússia engloba a tentativa de atenuar, por esforços diplomáticos, a tensão entre Rússia e Ucrânia.

“É o nosso dever, como chefes de Estado, fazer o possível para impedir uma guerra e aumento de tensões na Europa”, pontuou. Para o chanceler alemão, ainda existem saídas pacíficas para o conflito.

 

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