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Avião russo com carga nuclear é flagrado em espaço aéreo da OTAN

Apesar do medo e alvoroço que causou, a carga tinha uma destinação positiva

Maiza Santos

Uma das medidas de retaliação contra a invasão da Ucrânia foi o fechamento do espaço aéreo de países integrantes da OTAN para aviões da Rússia. Mas, na manhã da última terça-feira (01) uma aeronave que sobrevoava a Polônia, que faz parte do bloco, chamou atenção e o fato gerou tensão diante do cenário atual. Apesar de toda a repercussão, o caso tem uma explicação.

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O voo feito pelo Ilyushin IL-76 da Volga-Dnepr Airlines, empresa privada da Rússia, foi de Moscou à Bratislava, capital da Eslováquia. A rota chamou atenção pois evitou a Ucrânia e passou sobre a Polônia, país membro da OTAN e da União Europeia, que baniu voos vindos da Rússia e o acesso de aviões de companhias aéreas do país. Outro fator que gerou curiosidade é que o destino da aeronave foi a Eslováquia, outro país-membro do bloco e da aliança militar.

Para acalmar a população, o próprio governo eslovaco veio a público para explicar o motivo de uma aeronave russa estar sobrevoando o espaço aéreo da OTAN. Segundo o Ministério da Economia, o avião transportava combustível nuclear da Rússia para reatores de usinas da Eslováquia. Sem isso, não há alimentação das turbinas e, consequentemente, geração de energia - e também de armas - nuclear. Como o país não dispõe do combustível, precisa importar.

Segundo o Ministro da Economia da Eslováquia, Richard Sulík, essa é uma forma de garantir que, além do gás e do petróleo, a economia do país tenha outra fonte garantida. E o país conseguiu administrar a logística para isso. Ele também agradeceu o ministro das Relações Exteriores e do Transportes pela coordenação com as permissões.

Essas permissões são as exceções que a Polônia, Eslováquia e outros países fizeram ao banimento de voos russos. Dentre elas estão voos humanitários e essenciais, como foi o caso desta carga de combustível nuclear.

(*Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora Web de OLiberal.com, Ádna Figueira)

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