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Sobe para 492 o número mortos em ataques israelenses no Líbano

Ministério da Saúde libanês afirma, ainda, que 5 mil pessoas ficaram feridas

Agence France-Presse (AFP)
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O ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, atualizou o número de mortos nos ataques israelenses no Líbano nesta segunda-feira (23.09), passando de 274 para 356, entre eles dezenas de crianças, enquanto milhares de famílias fugiram dos bombardeios.

Israel anunciou que atingiu, nesta segunda-feira (23), mais de mil alvos do movimento islamista Hezbollah no sul e no leste do Líbano, em bombardeios que deixaram ao menos 356 mortos, incluindo 35 crianças, e mais de 1.240 feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês, apesar dos apelos da comunidade internacional por moderação.

O Exército israelense também anunciou um ataque em Beirute que, segundo uma fonte próxima ao Hezbollah, foi dirigido contra um comandante do movimento pró-iraniano no sul do país, Ali Karake, número três do grupo islamista. Contudo, segundo o grupo islamista, o comandante está "bem" e em um "lugar seguro".

Em um vídeo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recomendou aos libaneses "se afastarem das zonas perigosas" enquanto o exército termina sua "operação" no sul do país e no Vale do Beca, no leste.

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Já o premiê libanês, Najib Mikati, denunciou um "plano de destruição" contra seu país e apelou à ONU e aos "países influentes" para "dissuadir" o governo israelense desta "agressão".

O alvo do ataque é Ali Karake, número três do Hezbollah, segundo uma fonte próxima do grupo pró-iraniano. 

O número dois, Ibrahim Aqil, foi morto em um ataque israelense nos arredores de Beirute na sexta-feira e o número um, Fuad Shukr, em um ataque semelhante em 30 de julho.

Cerca de 5.000 pessoas ficaram feridas "em menos de uma semana" de ataques israelenses, disse ele, depois que pagers e walkie-talkies do Hezbollah explodiram e após um ataque israelense nos subúrbios ao sul de Beirute.

Sirenes em Haifa 

As sirenes de alarme soaram no fim da tarde na cidade de Haifa, no norte de Israel, cujos habitantes correram para os abrigos antiaéreos. No domingo, alguns foguetes atingiram pela primeira vez as imediações dessa cidade.

"Não tenho medo por mim, mas pelos meus três filhos", comentou Ofer Levy, um funcionário da alfândega de 56 anos, morador de Kiryat Motzkin, no norte de Israel. "Nenhum país pode viver assim", acrescentou.

Os confrontos de artilharia entre o Hezbollah e o Exército israelense se multiplicaram desde a onda de explosões na semana passada de "pagers" e walkie-talkies utilizados por membros do Hezbollah, atribuídas a Israel, e que deixaram 39 mortos e quase 3 mil feridos em redutos do movimento islamista no Líbano, segundo as autoridades.

O Irã, aliado do Hezbollah, advertiu Israel nesta segunda-feira sobre "as consequências perigosas" que seus ataques no Líbano terão, enquanto o Hamas denunciou uma "agressão selvagem".

 "Provocar o caos" 

Diante da escalada, os Estados Unidos, principal aliado de Israel, instaram os seus cidadãos a abandonarem o Líbano.

O presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou nesta segunda-feira que está "trabalhando para conseguir uma desescalada".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, está "muito preocupado com a escalada da situação e com o grande número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças" no Líbano, declarou seu porta-voz, Stéphane Dujarric, nesta segunda.

O Egito pediu nesta segunda-feira a intervenção do Conselho de Segurança da ONU, enquanto o Iraque solicitou uma reunião emergencial dos países árabes coincidindo com a Assembleia Geral das Nações Unidas. Já a Turquia acusou Israel de querer provocar o "caos" na região.

A guerra na Faixa de Gaza eclodiu em 7 de outubro de 2023, após o ataque do movimento palestino Hamas em Israel, no qual morreram 1.205 pessoas, segundo um relatório da AFP baseado em números oficiais israelenses.

Dos 251 sequestrados durante a incursão dos islamistas, 97 permanecem em cativeiro no estreito território palestino, incluindo 33 declarados mortos pelo Exército israelita.

A ofensiva israelense causou as mortes de pelo menos 41.455 palestinos, segundo dados do Ministério da Saúde deste território governado pelo Hamas, considerados confiáveis pela ONU, além de um desastre humanitário.

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