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Ataques em Israel: Mais de 250 corpos foram encontrados em local onde ocorria rave

Festival acontecia no deserto de Negev, ao sul de Israel e próximo da Faixa de Gaza, por onde o Hamas entrou no país

O Liberal

Pelo menos 260 corpos foram encontrados pelo serviço voluntário de resgate israelense Zaka no local onde ocorria um festival de música eletrônica e que foi alvo de um ataque surpresa do grupo islâmico Hamas, ocorrido na manhã do último sábado (7). Homens armados abriram fogo contra o público que tentava fugir do local e também fizeram reféns durante o incidente.

O Festival Nova ocorria em uma área rural no deserto de Negev, no sul de Israel, perto da Faixa de Gaza. A festa celebrava o feriado judaico de Sucot e duraria a noite toda. O ataque foi apenas um dos vários que aconteceram na manhã de sábado.

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Três brasileiros participavam da rave: Rafael Zimerman, Bruna Valeanu e Ranani Glazer. O primeiro ficou ferido com estilhaços de granadas e se recupera no hospital Soroka. Porém, os outros dois continuam desaparecidos.

Em entrevista à CNN neste domingo (8), Rafaela Treistman, namorada de Ranani Glazer, descreveu momentos de pânico durante o ataque do Hamas. Ela relatou que na manhã de sábado (7), durante a rave, começaram a avistar mísseis no céu e procuraram um abrigo antibomba.

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“Fomos para uma estrada e vimos que em um ponto de ônibus tinha um bunker. Aí a gente achou que ia ficar tudo bem, já que no bunker os mísseis não seriam problemas. Mas começou a entupir de gente o bunker. Não sei dizer quantas, só não dava para se mexer no espaço que a gente estava”, relatou.

Uma das atrações do festival, o DJ brasileiro Juarez “Swarup” Petrillo, pai do também DJ Alok, filmou o momento em que os bombardeios começaram a acontecer próximo do local onde acontecia a rave. De acordo com Alok, o pai está em um bunker aguardando para poder retornar ao Brasil.

O Gabinete de Segurança de Israel anunciou neste domingo a declaração de um estado de guerra em resposta ao ataque terrorista na Faixa de Gaza. A medida oficializa o início de um conflito e autoriza a implementação de medidas militares abrangentes.

Reação

Em uma resposta direta aos ataques-surpresa perpetrados pelo Hamas no dia anterior, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu assegurou que seu governo derrotará o grupo radical islâmico, mas alertou que a guerra será prolongada. O líder político conservador enfatizou que os eventos recentes representaram um cenário sem precedentes em Israel e jurou uma "vingança esmagadora por este dia negro". O premiê garantiu que as forças militares israelenses farão incursões em todas as áreas onde o Hamas possa estar se escondendo.

Netanyahu atribuiu diretamente ao grupo a responsabilidade pela segurança e bem-estar dos civis e soldados que estão sendo mantidos reféns e acrescentou que Israel "acertará contas com qualquer um que cause danos" a esses prisioneiros. De acordo com observadores, o sábado marcou o dia mais sangrento do conflito israelo-palestino desde a Guerra do Yom Kippur, há 50 anos. A situação continua a evoluir, com tensões crescentes na região.

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