Ataques a tiros matam 10 pessoas e deixam 20 feridas durante festividades do 4 de Julho nos EUA
Os motivos dos incidentes ainda são desconhecidos
Dez pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas em tiroteios ocorridos durante as festividades do feriado de 4 de julho na Filadélfia, em Baltimore e em Fort Worth, no Texas. A informação foi confirmada pelas autoridades locais. Os motivos dos três incidentes ainda são desconhecidos.O ataque aponta o fracasso de décadas em conter a violência armada nos Estados Unidos (EUA).
Em Fort Worth, três pessoas foram mortas e oito ficaram feridas em um atentado, após festival local para marcar o feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos, informou a polícia nessa terça-feira (4). As autoridades disseram que nenhuma prisão foi feita no ataque. "Não sabemos se isso está relacionado à vida doméstica ou a gangues. É muito cedo para dizer neste momento", disse Shawn Murray, alto oficial da polícia.
Na noite da última segunda-feira (03), um outro atentado aconteceu na Filadélfia, onde cinco pessoas foram mortas e duas ficaram feridas, incluindo um menino de 2 anos e um de 13, ambos baleados nas pernas. Os mortos tinham entre 15 e 59 anos. A polícia da Filadélfia disse que o suspeito é um homem de 40 anos que portava um fuzil semiautomático AR-15 e uma pistola 9mm, que usava colete à prova de balas e uma máscara de esqui.
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O tiroteio na noite de segunda-feira ocorreu um dia depois de duas pessoas serem mortas a tiros e 28 ficarem feridas, cerca de metade crianças, durante saraivada de tiros em festa ao ar livre, em um bairro de Baltimore. A polícia informou que está procurando vários suspeitos.
Os Estados Unidos têm enfrentado grande número de atentados a tiros e incidentes de violência armada. Só em 2023, houve mais de 340 ataques em massa no país, segundo dados coletados pelo Gun Violence Archive, que define um atentado a tiros como incidente em que pelo menos quatro pessoas são baleadas, excluindo o atirador.
O que dizem as autoridades americanas
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou a violência e renovou seus apelos pelo endurecimento das permissivas leis de armas dos Estados Unidos. "Nossa nação, mais uma vez, suportou onda de atentados trágicos e sem sentido", disse o presidente em comunicado divulgado nessa terça-feira (04). Ele pediu aos parlamentares republicanos "que venham à mesa para tratar de reformas significativas e de bom senso".
Citando proteções constitucionais para a posse de armas, os republicanos no Congresso geralmente impediram as tentativas de reformar significativamente as leis de segurança de armas. Eles se opõem à pressão de Biden para restabelecer a proibição dessas armas.
Autoridades da Filadélfia pediram ações aos legisladores estaduais e federais."Estamos implorando ao Congresso para proteger vidas e fazer algo sobre o problema das armas nos EUA", disse o prefeito da Filadélfia, Jim Kenney, em entrevista.
O promotor distrital da cidade, Larry Krasner, pediu aos parlamentares estaduais da Pensilvânia uma "legislação razoável" do tipo encontrado nos estados vizinhos de Nova Jersey e Delaware. "Parte dessa legislação poderia ter feito diferença aqui", disse Krasner na mesma entrevista.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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