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Arqueólogos encontram cidade Maia perdida em floresta do México

Batizada de 'Valeriana', a cidade perdida contém quase 6.700 estruturas não identificadas anteriormente

Beatriz Rodrigues

Uma equipe de pesquisadores das universidades de Tulane, Norte do Arizona, Houston, nos Estados Unidos, e do Instituto Nacional de Antropologia e História da Cidade do México descobriu uma vasta cidade maia escondida no meio de uma floresta no Estado de Campeche, no México. Batizada de "Valeriana", a cidade perdida contém quase 6.700 estruturas não identificadas anteriormente, incluindo estruturas clássicas de uma cidade maia, como praças, pirâmides, anfiteatros e uma quadra esportiva.

O sítio foi encontrado por meio de uma tecnologia de escaneamento remoto, que utiliza lasers para mapear as estruturas sob a vegetação e gerar imagens tridimensionais delas. Com base nas primeiras análises, especialistas acreditam que Valeriana possua uma densidade estrutural comparável apenas a Calakmul, o maior e mais relevante sítio maia conhecido na América Latina. Os traços indicam uma data de fundação anterior a 150 d.C.

Segundo Luke Auld-Thomas, líder da equipe de pesquisa que fez a descoberta, ninguém sabia sobre a cidade. “O governo nunca soube disso, a comunidade científica nunca soube disso. Isso realmente coloca um ponto de exclamação por trás da afirmação de que não, não encontramos tudo e, sim, há muito mais a ser descoberto”, declarou em entrevista à BBC.

O estudo foi recentemente publicado na revista Antiquity.

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"Não encontramos apenas áreas rurais e assentamentos menores. Descobrimos também uma grande cidade com pirâmides ao lado da única rodovia da área, próxima a uma cidade onde as pessoas têm cultivado ativamente entre as ruínas por anos”, disse o pesquisador.

De acordo com Auld-Thomas, a cidade recém-descoberta pode oferecer “lições valiosas à medida que partes do planeta lidam com demandas de urbanização em massa”.

"Havia cidades que eram extensas colchas de retalhos agrícolas e hiperdensas; havia cidades altamente igualitárias e extremamente desiguais. Dados os desafios ambientais e sociais que enfrentamos com o rápido crescimento populacional, só pode ajudar a estudar cidades antigas e expandir nossa visão de como pode ser a vida urbana”, explicou o pesquisador.

(*Beatriz Rodrigues, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)

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