Argentina: tribunal reabre dois casos contra Cristina Kirchner
Justiça havia retirado acusações em 2021. Vice-presidente pode recorrer da decisão, que um inclui um caso de possível lavagem de dinheiro
A Câmara Federal de Cassação Penal da Argentina reabriu, na última segunda-feira (18), dois casos envolvendo a vice-presidente do país, Cristina Kirchner. As informações são do jornal Clarín.
Uma das ações refere-se a um caso de possível lavagem de dinheiro. A outra, de um suposto acobertamento de iranianos, responsáveis por um atentado, em 1994, contra uma associação judaica na Argentina que deixou 85 mortos. Cristina pode recorrer da decisão de reabrir os casos.
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Na primeira ação, a empresa Hotelsur, do empresário Lázaro Báez, teria recebido propina para gerenciar empreendimentos dos Kirchners. Essa empresa, sem experiência no ramo da hotelaria, faria falsas reservas nos hotéis da família da vice-presidente argentina e, assim, legalizaria dinheiro obtido de forma ilícita.
Unificado ao processo, o caso de Los Sauces investigava suposto esquema de propina, executado de 2009 a 2016, envolvendo pagamento de aluguéis de apartamentos. Em 2021, a Justiça do país retirou a acusação contra a ex-presidente e dois filhos dela, Maximo e Florencia.
O outro processo, sobre o encobrimento, havia sido encerrado também em 2021, com decisão favorável a Cristina.
Na ação de 2015, o promotor Alberto Nisman –morto no mesmo ano– diz que Kirchner, à época presidente da Argentina, assinou o Memorando do Irã, em 2013, para interrogar os suspeitos fora do país como uma forma de tentar livrar ex-autoridades iranianas das acusações em troca de benefícios comerciais.
Em 2021, a Justiça disse entender que o Memorando do Irã não constituiu um crime ou um ato de acobertamento.
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